Capítulo 69

1.1K 128 4
                                    

O inverno chegava ao fim, mas ainda estava bastante frio na Reserva. Ajoelhado na frente da poltrona no quarto de Gift, Jaded observava fascinado sua companheira amamentar seu filho. O bebê já mamara num seio e agora esvaziava outro com um apetite que o fazia rir.
Gift nascera há quase dois meses e era uma criança muito especial. Era o primeiro bebê a nascer com algumas características da mãe. A pele era da cor do chocolate e seus olhos muito verdes se destacavam na pele mais escura do que o bronzeado normal dos espécies. Seus cabelos ao invés de serem ondulados como do pai, era uma fartura de cachos grossos; a cor era castanho-escura, a cor natural de Jaded.
As fêmeas espécies batiam à sua porta o dia inteiro, só para passarem alguns momentos com
o bebê.
Jaded não cansava de admirá-lo. Era perfeito.
Cecília amamentava acariciando a cabecinha cacheada e Jaded também não se cansava de admirá-la. Estava mais linda agora.
Ele gostava de ver o filho se alimentando, porém naquela tarde tinha um outro interesse, um nada paternal. Cecília se consultara com a doutora Porter, a nova ginecologista e obstetra da Reserva e a médica a liberara do resguardo.
Jaded respeitara ao máximo o período de recuperação de sua companheira. Era verdade que Cecília se compadecera dele algumas vezes, cuidando de aliviá-lo sexualmente, mas ele sentia falta de fazer amor com ela. Na gravidez, depois que o doutor Prost garantira que o bebê estava saudável, eles fizeram amor todos os dias até o quarto mês. Já em Homeland, os dois acataram as recomendações da doutora Trisha e suspenderam o sexo, porém Cecília insistira em continuar a lhe dar prazer e ele a dar para ela. O bebê nascera na Reserva, como a maioria das crianças Novas Espécies.
E agora, depois da consulta naquela manhã, Jaded se assemelhava a um gatinho faminto. Passara o dia seguindo Cecília com os olhos e chegara a salivar quando vira seus seios expostos.
Cecília apenas devolvia o seu olhar e sorria, balançando a cabeça.
Ele acompanhou atentamente quando seu pacotinho de amor soltou o bico do seio. Cecília lhe entregou o filho e ele o ajeitou no ombro para ajudá-lo a arrotar, como sempre fazia.
Acariciou as costas do bebê e sorriu para a mulher.
— Nunca vi ele demorar tanto para mamar. - sussurrou.
— Ou será o pai que está muito apressado?
Ele forçou uma expressão de inocência.
— Estou muito tranquilo.
— Sei...
Um sonoro arroto saiu da boquinha do bebê e Jaded deu um sorriso de satisfação.
— Tsc, tsc, tsc... Que vergonha.
Ele se fez de desentendido.
— Quer que eu o coloque no berço?
Foi a vez de Cecília parecer inocente.
— Se você quiser ficar um pouco com ele no colo...
— Vou deixá-lo dormir em paz.
Sem nenhuma vergonha, Jaded deitou o filho no berço. Ficou um instante observando-o e depois se virou para a companheira.
— Pronto.
Cecília sorriu e ele estendeu a mão para ela.
— Vem comigo.
— Preciso tomar um banho.
— Não precisa, não.
— Estou cheirando à leite.
— Eu gosto.
— Jaded!
Ele se inclinou para ela com as mãos unidas como se fizesse uma prece.
— Por favor, minha gatinha, eu não aguento mais. - pediu baixinho.
Cecília o encarou com o olhar divertido.
— Venha, então, meu companheiro.
Ela saiu do quarto do bebê e ele a seguiu, quase trotando. Entraram no quarto e ela parou em frente à cama.
— Isso não é nada romântico. - reclamou.
— Você quer romance?
— Um pouco seria bom.
— Com palavras sussurradas no seu ouvido e toques sutis?
— Hum... Sim.
— Certo.
Jaded a abraçou carinhosamente e, inclinando-se, sussurrou em seu ouvido.
— Eu vou te comer tão gostoso, minha gatinha, que você vai lambuzar meu pau de gozo. Vou te colocar de quatro, meter fundo e com tanta força que você vai precisar abafar seus gritos no travesseiro. Farei você arrebitar essa bunda linda e bater no meu saco cheio do meu sêmen que vou derramar todo dentro de você. - ele enfiou a língua dentro do seu ouvido e esfregou a ereção enorme nela. — Quando eu terminar, vou fazer você lamber nosso gozo junto e depois te beijar pra sentir o gosto de nós dois.

Cecília estava tão ansiosa por aquele momento quanto Jaded. Os últimos meses tinham sido uma tortura. No princípio ele praticava sexo oral nela, porém já no final da gestação ela preferira não se forçar demais.
Nas últimas semanas Jaded era carinhoso, distribuindo carícias por seu corpo, fazendo-a sentir-se linda e amada, porém ela queria mais. Via-o desfilando nu pela casa e não resistia a cravar as unhas naquele traseiro musculoso e puxar o pênis para sua boca e chupá-lo até ele se derreter todo. À noite o acariciava até ele gozar e dormir satisfeito, mas ela sempre terminava frustrada.
Depois do nascimento de Gift estivera tão cansada que tudo o que fazia com Jaded era recostar-se nele para dormir quentinha. Contava os dias para terminar o resguardo.
Quando a doutora Porter lhe dera alta seu coração acelerara. Queria muito, muito fazer amor com seu companheiro.
Fingira que não estava tão ansiosa, entretanto começara a ficar molhada no momento que ele colocara o filho no berço.
Agora, ouvindo aquelas palavras sussurradas com os lábios dele tocando seu ouvido e com sua ereção roçando nela, só queria se abrir para ele e aceitar tudo o que quisesse fazer.
Jaded segurou sua camisa e a rasgou, mostrando os seios volumosos que o sutiã reforçado quase não conseguia conter.
— Eu gostava dessa blusa!
— Te compro outras.
— Mas eu gostava dessa!
— E disso aqui? - ele abriu a braguilha das calças, expondo a carne rija sem a proteção da cueca.— Você gosta?
Cecília engoliu em seco. Ela gostava.
— Se também gosta dessas calças é melhor tirar. - ele ameaçou.
Ela não esperou um segundo aviso. Tirou as calças rapidamente, rebolando um pouco para descê-la pelo quadril sinuoso. Jaded passou a língua nos lábios e ela achou que ele parecia um animal feroz diante da sua presa.
Ele tirou a roupa num tempo ínfimo.
— Tire tudo, gatinha.
— Quero ficar com o sutiã.
Jaded se aproximou dela e mexeu nas alças do sutiã.
— Por quê?
Ela ficou sem jeito.
— Pode sair leite.
— Eu vou gostar.
— Jaded...
— Gosto de tudo em você. - ela o deixou  tirar a peça íntima. Jaded jogou o sutiã longe e segurou os seios sentindo seu peso. — Que delícia.
Ele ficou um tempo acariciando os seios, como se fosse a primeira vez. Beijou-a no vale entre os dois montes pesados e a pegou no colo. Cecília sorriu, curtindo estar nos braços dele.
Jaded a colocou na cama e ela se preparou para sentir muito prazer.
Ele a olhou, em pé, acariciando o pênis avantajado.
— Você toda é uma delícia.
Ela o admirou pensando que ele, sim, era uma delícia. O cabelo, agora castanho, descia pelos ombros fortes em ondas macias. Seu corpo bronzeado era maciço e ela conseguia perceber cada músculo. O pênis, que seu corpo aprendera a receber, se erguia muito grosso e rijo e ela desejou sentí-lo logo.
Seu marido ajoelhou-se aos pés da cama e puxou seu traseiro até a beira do colchão.
— Coloque os pés nos meus ombros.
Cecília fez o que ele pediu, sabendo que sua vulva estava totalmente exposta para ele. Jaded deslizou a língua de baixo para cima e ela ergueu os quadris de tanto prazer. O marido a segurou na cama e repetiu o movimento várias vezes, espalhando o sumo de sua excitação. Cecília segurou os seios sensíveis e fechou os olhos, entregando-se completamente à sensação deliciosa.
Quanto mais ele a lambia, mais desejava mexer os quadris, mas Jaded a prendia à cama.
— Ai... - choramingou.
— Está doendo, gatinha?
— Você está acabando comigo...
— Quer que eu pare?
— Não!
Diante da negativa enfática, ele enfiou a língua profundamente em sua vagina. Cecília revirou os olhos, sabendo que o clímax estava próximo. Seu marido chupava, mordia, lambia sua carne quente sem parar.
— Me solte, Jaded, me solte! - ela implorou.
Ele soltou seu quadris e ela começou a rebolar, esfregando-se freneticamente contra o rosto dele. Quando Jaded sugou seu clitóris e enfiou um dedo em sua vagina,Cecília cobriu a boca com as mãos. Os gritos soavam abafados, mas quando o orgasmo chegou, ela apertou as mãos, tentando controlar o som agudo de puro prazer. Todo o seu corpo se sacudiu e ela se deixou levar.
De olhos fechados sentiu Jaded virá-la e levantar seus quadris.
— Agora, minha gatinha, farei tudo aquilo que te prometi fazer. Tudinho.
E fez.

É o fim? Ainda, não. Tenha uma visão do futuro das Novas Espécies.

Jaded: Uma história Novas Espécies 3Onde histórias criam vida. Descubra agora