Capítulo 9

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Estou bem atrasada, mas tenho motivos bons plausíveis para isso. Vida de universitária não estar fácil. Desde o início eu sempre soube que seria difícil achar tempo para este livro já que ele começou em um momento bem turbulento da minha vida, peço que tenham paciência comigo. 

O fato de este livro estar crescendo em números e mesmo assim não haver comentários e votos nos capítulos também é um dos agravantes para o meu afastamento. Ao escrever o livro anterior deste, me acostumei a realidade de uma recepção bem calorosa dos leitores; estávamos todos em casa por conta da pandemia, estávamos carentes de contato e conversa, o que me proporcionou uma ligação única com meus leitores, uma ligação que sinto falta aqui.

Me desculpem pelo pequeno desabafo, de verdade, espero que estejam gostando dessa história.

Me desculpem pelo pequeno desabafo, de verdade, espero que estejam gostando dessa história

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Será que todos os meus sonhos nunca significaram nada?

Será que a felicidade mora em um anel de diamantes? (...)

Oh, tenho pedido por problemas, problemas, problemas

Eu travo minha guerra, no mundo interior

Eu levo minha arma para o lado do inimigo

- Bad Liar, Imagine Dragons


Minha mãe estava me evitando desde a hora que eu acorde, eu sinceramente preferiria assim, pelo menos não tinha ela no meu pé se importando comigo como se eu valesse o sacrifício de repetir o mesmo discurso motivacional idiota pela milésima vez. Eu não suportava mais ouvi-los tanto quando ela não suportava mais falar.

Porque ela me ama.

Eu tinha perdido tudo desde os dezessete: meu pai, meus amigos e minha namorada, todos se foram, um por um. O primeiro não teve muita escolha, mas os outro escolheram me deixar, porque cansaram de tentar cuidar de mim enquanto eu os repelia tal qual o diabo fugindo da cruz, mas ela, a minha mãe, ainda estava aqui. Se importando, me amando e cuidando de mim.

Parecia louco, e com toda certeza era ingrato da minha parte – não que eu me importe -, mas eu havia passado por todas as perdas e achado um jeito de conviver com elas, com a solidão, mas o fato de ela ainda estar ali e insistir nisso me embrulhava o estômago, me irritava, me magoava e me... não havia palavras para descrever.

Por que diabos ela não desiste? O que ela vê em mim, que eu não vejo, que ninguém vê?

Ela era a louca? Os que me deixaram eram os loucos? Ou eu sou o louco?

Eu sabia a resposta, mas essas perguntas ainda me atormentavam, e para esse tormento eu não tinha a resposta.

Passei propositalmente pelo quarteirão em que a ong de Mary Louise, para a minha sorte ela estava bem na frente. Falando ao telefone, seus olhos pousaram e mim com espanto e uma certa melancolia. Continuei caminhando, fingindo que não estava passando por ali propositalmente.

Tudo Que Eu Preciso | EM ANDAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora