Capítulo 7

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Ficar afim e não poder falarQuerer o sim e não se acostumarCom a solidão, o medo de amarEstranho vazio no seu olharEu tento achar em algum lugarO amor que você deixou pra trás- Vem Pra Cá, Papas na Lingua

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Ficar afim e não poder falar
Querer o sim e não se acostumar
Com a solidão, o medo de amar
Estranho vazio no seu olhar
Eu tento achar em algum lugar
O amor que você deixou pra trás
- Vem Pra Cá, Papas na Lingua

Meu dia acabara de ser arruinado.

Ele começou como todos os outros, eu acordei bem disposta, tomei meu café da manhã e fiquei atenta como uma águia ao meu pai depois de saber de seu estado preocupante de saúde e então sai para trabalhar ouvindo música nos fones de ouvido. Ben tinha dito que enquanto estivesse em New York ia me ajudar no petshop e eu estava ainda mais animada com isso.

Assim que entrei no loft em cima do petshop, com uma marmita para ele, encontrei o que só pode ser descrito como cena de um filme de terror. Ben estava rindo com uma garota no sofá dele.

Tirei os fones o mais rápido possível e tentei me fazer ser notada.

A morena deslumbrante ao lado dele se curvava em direção a ele e piscava os olhos tão lentamente que eu me sentia enjoada.

- Jane! – cumprimentou Ben, bem humorado. – Essa é a Adele...

- A ladra de crianças? – indaguei, quebrando o sorrisinho cínico nos lábios da megera. – Todo mundo aqui no bairro conhece ela, eu inclusive te falei dela.

Ben me olhou chocado, e Adele com um misto de vergonha e raiva.

- Melhor eu ir, ainda tenho muito lixo para recolher e quero terminar cedo. O frio lá fora não está de brincadeira – Adele se levantou do sofá e se dirigiu a porta, dando um tchauzinho tímido para Ben.

Ela desapareceu pelas escadas segundos depois.

- Acredita que o Kyle estava humilhando-a e dizendo um monte de baixaria como se ele fosse melhor do que ela? – contou Ben indignado, enquanto recolhia as xícaras, que deveriam conter alguma bebida quente, da mesinha de centro e levava para a pia da cozinha.

Nunca pensei que diria isso, mas... Kyle Sinclair você é meu herói.

Foi então que observei os calos dos dedos de Ben inchados e feridos... Corri até ele exasperada e segurei sua mão.

- O que houve? Ela fez alguma coisa com você?

Ben riu com escárnio.

- É claro que não Jay, na verdade ela me ajudou. Eu dei um soco no Kyle.

Arregalei os olhos.

- Por ela?!

Ben franziu o cenho.

- Você não ouviu a parte em que eu disse que ele estava a ofendendo?

Não é possível...

- Ben, essa mulher é uma criminosa, um monstro até... Você provavelmente deveria estar correndo perigo com ela aqui.

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