Perdoem os erros de português, estou meio adoentada e só queria postar logo esse capítulo que está mais do que atrasado e ainda não sei quando voltarei, já que minha faculdade estará de volta na segunda.
Mas eu sei que algum dia eu vou conseguir sair daqui
Mesmo que demore a noite toda ou cem anos
Preciso de um lugar para me esconder, mas não consigo encontrar nenhum por perto- Lovely, Billie Eilish
—
- Não, filho. É assim...
Pulei da banqueta em frente ao piano com um bufar e as mãos para cima em rendição.
- Ok, chega, eu desisto!
Ivy riu, mas me lançou um olhar levemente irritado.
- Você nunca vai aprender se desistir.
Dei de ombro.
- E se eu quiser só desistir e não aprender? – resmunguei.
Era mais um dos meus truques para criar uma ligação com a Ivy. Ela era uma excelente musicista e dançarina, e ninguém me obrigaria a bancar o bailarino, nem mesmo uma herança milionária, mas eu podia enfrentar um instrumento musical idiota.
Ou assim eu pensava.
A ideia veio depois da minha sessão de terapia daquele mesmo dia, quando a doutora Duncan trouxe um jogo de damas para mim e disse que a nossa dinâmica daquele dia seria o jogo. Ela começou a divagar sobre os diferentes ensinamentos que o jogo podia me trazer e como toda atividade em grupo aproximava os participantes, mais um truque de psicóloga que eu sou imune, comecei a falar sobre todo o meu conhecimento aprofundado em Reality Shows e mais uma sessão frustrada para a doutora Duncan; mas ela me deu uma ideia incrível para me aproximar da bela e inocente Ivy Salvatierra.
- É só prática, querido, foi você que me pediu, lembra?
Aquele olhar irritante de mãe que sempre está certa, no qual eu sou bem acostumado, me fez sentar novamente e olhar para o piano com tédio.
Ivy começou a explicar novamente as notas e as teclas e me ensinar uma música simples, ela tocava com uma maestria que me deixava verdadeiramente admirado. Parecia que as notas emitidas pelo piano faziam Ivy brilhar, quase como se estivesse transcendendo.
Por um segundo vislumbrei como teria sido crescer com ela, a incerteza veio logo depois. Não sei se umas aulas de piano valiam uma vida sem as piadas idiotas do meu pai, ou a casa incensando com o cheiro de algum doce e salgado da comida da minha mãe. Sendo realista, acho que se eu tivesse crescido com Ivy e Paul eu jamais nem mesmo saberia da existência dos meus pais adotivos e eu não teria com o que comparar.
Eu nunca teria vivido o romance mais estupidamente meloso com Stella Sunson e depois tê-la visto partir depois das merdas que eu fiz, desejando se liberta do quão tóxico nosso namoro virou para ela, eu não teria visto meu pai se afundar em um vício estupido e ser assassinado na minha frente e nem as noites de choro intermináveis da minha mãe.
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Tudo Que Eu Preciso | EM ANDAMENTO
RomansaK.J. e Jane nunca se deram bem, mas talvez sejam tudo que precisam um para o outro: K.J Sinclair cometeu muitos erros no passado, mas está sendo julgado pelo único que não cometeu, e a ajuda surgiu de onde ele menos esperava. Jane Mays odeia K.J., e...