Capítulo 16 - Assassina

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Aviso - neste capítulo pode ocasionar gatilho.

É abordado sobre TEPT (transtorno de estresse pós-traumático).

Arco 2 - A missão e os Irmãos


Camicazi

Estou sentada na cadeira em frente a mesa da cozinha, minhas mães estão sentadas lado a lado enquanto me olham.

- Sayaka, agora não. Você lembra muito bem o que conversamos.

"Camicazi, eu e a sua mãe não somos lendárias então não terá muito para fazermos em relação a te ajudar. Então, se você tem realmente certeza que é isso que você quer..."

- Então terá que fazer isso sozinha. Você está sozinha nessa. – disse minha mãe Sayaka, friamente.

...

Estou de frente para o Thomas.

Ele está ficando cada vez mais gelado e pálido, olho para as minhas mãos e vejo sangue.

Sangue.

Sangue dele.

Sangue do Thomas.

Volto a abraça-lo e o seguro firme.

Suas mãos escorregam pelas minhas costas, desfazendo o abraço. Um aviso de que ele se foi.

...

Não sei onde estou, mas posso sentir a aura sombria pairando sobre a neblina escura. Posso escutar gritos de todas as direções, mas não sinto medo e sim apenas curiosidade, afinal o tom presente é familiar. Parece com os mesmos que ouvi na minha primeira missão.

Vejo algo parecido com uma esfera, não sei ao certo o que é, mas mesmo que eu não queira ir em sua direção, a mesma continua me puxando para mais perto.

Cada vez mais perto...

POW!

Abro os olhos e dou de cara com o chão, de uma cama fofinha e confortável fui parar num chão frio e duro.

- Eu acho que dormir na cama é mais confortável. – disse Banguela com a típica cara de julgamento.

Olho para ele e bufo, me levanto junto com a coberta e volto para a cama.

- Nem pense em voltar a dormir, vamos! É hora de acordar, o sol já está lá fora.

- Bom pra ele. – digo e fecho os olhos.

- Para com isso, temos que ir ou já se esqueceu do que tem que fazer?

É justamente por isso que não quero ir, não quero encarar a realidade, não quero falar as mensagens do Thomas para eles, quero só ficar aqui nessa cama e esperar tudo passar.

- Pode parecer que não, mas isso te fará bem. Eu e o Vitor iremos junto, você não está sozinha.

Congelo após ouvir isso, há um ano atrás ouvi que estava sozinha e agora escuto o oposto. Não é como se tudo fosse melhorar de imediato ou que eu começasse a sorrir e ficar alegre, mas ouvir isso é muito bom, muito mesmo.

Você não está sozinha.

Você não está sozinha

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Camicazi e Os LendáriosOnde histórias criam vida. Descubra agora