Capítulo 10

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Quando acordei pela manhã, Gustavo não estava mais na cama. Olhei no visor do celular e pelo horário ele já havia saído para trabalhar.

Passei a mão pela cama e sorri relembrando da noite anterior. Eu acho que comecei a amar Gustavo de verdade e passar o resto da vida com ele parecia a opção mais feliz e harmoniosa pra mim.

Me levantei e fui ver como Gabi estava. Lourdes já havia chego e adiantou quase tudo. Ela já estava limpa e arrumada e brincava com um chacoalho. A peguei no colo e a amamentei.

Estava pensando seriamente em ir a empresa para me encontrar com a tal da Patricia. Tinha que me apresentar e mostrar a ela que Gustavo já tinha uma companheira.

Tomei banho e me arrumei. Tirei o leite para que Lourdes pudesse dar à Gabriela até que eu retornasse. Chamei um carro de aplicativo e fui para empresa sem avisar Gustavo. Não queria o deixar sob aviso.

Quando cheguei na empresa, vi a tal da Patricia entrando em um carro. Novamente ela estava com aquelas roupas indecentes e parecia fazer de propósito.

Subi para o escritório e ao chegar no andar vi uma movimentação intensa na sala de Marcus. Estefani falava com alguns homens que movimentavam alguns móveis e antes que eu pudesse falar com a secretária de Gustavo, o vi saindo dessa mesma sala falando ao celular.

– Eu preciso que resolvam isso logo! Falou alterado e parou em minha frente com uma das mãos na cintura. – Eu não quero saber! Não consigo resolver isso agora Bernardo. Respirou fundo e saiu, me chamando com a mão para dentro de sua sala.

Quando entrei, Felipe estava sentado mexendo em seu notebook com alguns papeis ao seu lado. Encostei a porta e ele me olhou, acenando em seguida. Gustavo se sentou em sua cadeira e suspirou.

– Vou ver o que posso fazer! Desligou o telefone e olhou impaciente para Felipe. – Esse pessoal da Argentina, são péssimos.

– Eu acho que você deveria ir e resolver isso. Felipe o olhou. – E deveria levar a Patricia com você, assim ela já vai se adaptando.

– Oi? Perguntei olhando para Felipe e logo depois para Gustavo.

– Eu não vou pra Argentina, Felipe. Gustavo me olhou.

– Só você vai conseguir resolver e a Patricia vai ser a sócia responsável por essa filial. Gustavo, essa filial já está sozinha a muito tempo, Marcus foi uma ou duas vezes lá, uma hora isso aconteceria.

– Por que você não vai? Olhei para Felipe.

– Ana Laura virá em breve, prefiro não estar fora quando isso acontecer. Se levantou e pegou seu notebook. – A sala dela estará pronta amanhã, vou ligar e pedir que ela venha. Felipe saiu da sala.

– Você não pode ir pra Argentina com aquela mulher. Suspirei.

– Meu amor, eu também não quero ir, mas preciso resolver isso. É uma questão séria que coloca o nome da minha empresa em jogo, não posso me dar ao luxo de não fazer isso. Gustavo se levantou e se aproximou de mim.

– Ok! Então ela não precisa ir com você. Gustavo eu a vi saindo do prédio, ela é vulgar, eu não confio. Cruzei os braços.

– Eu já disse que você pode confiar em mim. Passou a mão em meu rosto. – A gente fez um amor tão gostoso ontem, achei que fosse o suficiente pra provar o que sinto. Me encostou na mesa.

– E foi! Eu confio em você. Eu não confio nela. Passei as mãos por sua cintura.

– Prometo tentar resolver tudo o mais rápido possível e voltar pra você, pode ser? Me olhou nos olhos.

– Tudo bem... Suspirei. – Só vou pedir uma coisa. Levantei o olhar.

– Qualquer coisa. Sorriu e me deu um selinho demorado.

– Deixa que eu planejo tudo isso, ok? Eu vou comprar as passagens e reservar o hotel.

– Só isso? Riu. – Por mim você voltava pra empresa e você sabe bem disso. Beijou meu pescoço.

– Se eu trabalhar aqui, a gente não vai se largar por um minuto. Ri passando a mão por sua nuca.

– Sr. Gustavo! A porta foi aberta e ele se separou de mim. – Desculpe... A secretária falou envergonhada. – O Bernardo está na linha.

– Pode passar. Ajeitou seu paletó. – E da próxima vez, bata na porta antes de abrir.

– Ok, desculpe. Saiu envergonhada e fechou a porta.

– Eu já vou... Me aproximei dele novamente e lhe dei um selinho demorado. – Me mande as informações por e-mail.

– Pode deixar. Mais tarde te vejo em casa. Sorriu e beijou minha testa. – Amo você, Laura.

– Também te amo, Gustavo. Disse olhando em seus olhos.

Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi abrir o e-mail e seguir com as reservas que o Gustavo pediu. Se aquela loira oxigenada achava que poderia rouba-lo de mim, estava muito enganada.

Eles ficariam dois dias na Argentina, então fiz questão de ligar e solicitar os quartos por telefone. Ambos foram adquiridos bem distantes um do outro. Pedi para que a atendente me garantisse e me confirmasse o número dos quartos para ter certeza que eles não se cruzariam lá dentro.

Para a passagem de avião, comprei os assentos também, deixando Gustavo na classe executiva e a mulher na classe comum, um bem longe do outro. Talvez ele questionasse, mas eu poderia dizer que devido a proximidade da viagem, as compras somente puderam ser realizadas dessa forma.

No dia de seu retorno, aguardaria Gustavo no aeroporto, assim poderia conhecer a tal da Patricia e deixar claro quem está no comando da situação.

Eu não gostava de sentir ciúmes e muito menos agir dessa forma, mas eu estava me sentindo mais que ameaçada por aquela mulher. E isso se deve ao fato do mal que causei a Gustavo, ficando com o Estevam sem ele nem saber. Mas agora eu estava decidida e protegeria minha relação e família com unhas e dentes.

Quando Gustavo chegou, eu estava brincando na sala com a Gabi. Ouvi quando ele desligou o carro na garagem e então me levantei com Gabi no colo para recebe-lo na porta.

– Ta-ta! Gabi disse abrindo os braços ao ver Gustavo. Nos entreolhamos e ele a pegou no colo sorrindo.

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