Capítulo 20

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Estevam

Ana entrou no 2º trimestre da gravidez. Está de quase 16 semanas, ou quase quatro meses. Hoje a acompanharia em um ultrassom e depois disso ela voltaria para o outro país, para concluir os contratos que fechou.

Dessa vez eu não iria com ela... tenho alguns trabalhos como modelo por aqui e consegui alguns pacientes, então permaneceria aqui até que ela voltasse para o nascimento - por volta do 8º mês.

– Acha que já conseguiremos ver o sexo? Ela me olhou com os olhos brilhando.

– Eu acho que sim. Sorri. – Se o bebê colaborar, tenho certeza que sim. Você comeu os chocolates que te dei ontem?

– Sim... Sorriu e passou a mão na barriga. – Eu estou sentindo ele mexer, mas ainda não é perceptível ao toque.

– Daqui uns dois meses será. Beijei sua testa.

– Pena que você não estará comigo para sentir. Ela abaixou a cabeça.

– Vai dar tudo certo Ana. Tentei tranquiliza-la.

– Ana Laura. A médica a chamou de um dos consultórios e nos dirigimos até ele.

Ana se deitou na maca conforme solicitado pela médica e antes de iniciar o ultrassom, a mesma deu o retorno de alguns exames que Ana havia feito antes de agendar a consulta.

– Você está abaixo do peso. A olhou por cima dos papeis. – Sua glicemia está bem baixa também. Se sentou ao lado de Ana. – Vamos ver como está o bebê, mas desde já adianto que você terá uma dieta mais aberta para que o bebê também receba os nutrientes necessários para o desenvolvimento dele.

– Dra. eu sou modelo... Ela olhou preocupada para a médica.

– Mas você precisa colocar a saúde do seu bebê a frente da sua profissão nesse momento. Vai ter que engordar um pouco... Pegou o gel e espalhou pela barriga de Ana. – Vou prescrever algumas vitaminas.

A médica iniciou o exame e na tela eu já podia ver nosso bebê mexendo em sua barriga. Várias capturas foram feitas e o aparelho foi se movimentando sobre a barriga da Ana.

– Vocês querem saber o sexo? A médica nos olhou e antes que eu pudesse responder, Ana assentiu com pressa.

Sorri com a cena e voltei a observar a tela com atenção enquanto a médica tentava posicionar o aparelho de forma estratégica.

– Huuuum, está bem levado, não quer mostrar, mas eu consegui ver. Sorriu. – Vocês estão esperando um menininho. Nos olhou.

– Um menino? Meus olhos brilharam e eu me aproximei de Ana, passando a mão por seu cabelo.

– Bernardo. Ana sussurrou e sorriu.

– Você já escolheu o nome? A olhei nos olhos.

– Sim... Respondeu receosa. – Mas se você não gostar, podemos escolher outro.

– Eu adorei amor. Sorri e beijei sua testa.

– Pode se limpar, Ana. A Dra levantou e se sentou em sua mesa, pegando uma folha de receituário.

– Podemos levar as imagens? Sorri.

– Claro! Essa aqui é a receita dos remédios. Ela arrancou a folha de seu caderno e entregou à Ana. – Não deixe de usar, é importante para o bebê.

– Pode deixar, Dra.! Ana pegou o papel. – Eu vou embora e retorno apenas no 8º mês. Devo fazer algum acompanhamento lá fora? Questionou.

– Sim, é importante que você vá ao médico regularmente até pra saber sobre sua condição. Farei um relatório sobre suas ultimas consultas e exames e você entrega para o médico que escolher realizar o acompanhamento.

– Ok! Obrigada. Ana agradeceu.

– Podem esperar na recepção que em breve a secretaria entrega o laudo e as imagens. Ela sorriu.

Agradecemos mais uma vez e saímos do consultório. Aguardamos mais alguns minutos até que tudo ficasse pronto e pudéssemos levar.

Ainda restavam 8 horas até o embarque de Ana, então nesse período, resolvemos contar aos nossos pais o sexo do bebê e entregar também uma imagem do ultrassom, para que eles tivessem de recordação.

Primeiro fomos até em casa, onde a recepção era muito mais calorosa e por pouco minha mãe não obriga Ana a ficar conosco.

Na casa de Ana, tudo foi como imaginamos... Nada de animação - a não ser pelo pai, que parecia mais empolgado do que a mãe.

Ela queria ver Gustavo, mas eu fiz de tudo para que ela desistisse da ideia. Afinal de contas, ir até lá é encontrar com a Laura, algo que eu não gostaria que acontecesse.

– Vamos amor, por favor! Quero ver meu tio antes de ir embora.

– Não Ana! Vamos aproveitar que ainda está aqui para ficarmos juntos por um tempinho! A abracei forte.

– Se não for comigo, eu vou sozinha. Se soltou de mim. – O tio Gustavo é como se fosse meu pai, e tenho certeza que ficaria muito chateado se eu não o encontrasse antes de ir embora!

– Ok! Revirei os olhos. – Vamos! Eu só acho que deveríamos começar a avisa-lo que vamos...

– Nunca precisei fazer isso! Deu de ombros.

– Mas agora seu tio é casado e tem uma família, não sei se a Laura gosta quando aparecemos assim, do nada...

Nos dirigimos até a casa de Gustavo, mesmo contra minha vontade e quando chegamos, ambos estavam saindo do carro também. Gustavo estava com a Gabi no colo e Laura estava dirigindo.

– Oi, tio!!! Ana foi ao encontro de Gustavo e o abraçou junto com a menina em seus braços.

– Que surpresa boa. Ele sorriu ladino e olhou para Laura, que não parecia tão contente.

– Atrapalhamos? Ela perguntou curiosa, olhando para ambos e ele negou com a cabeça, entrando na casa.

Laura foi logo atrás, pegando Gabi de seus braços e eu entrei com Ana em seguida.

– Fiquem a vontade, darei um banho em Gabi e a colocarei pra dormir. Laura subiu sem ao menos me olhar.

– Tio! Descobrimos o sexo do bebe hoje. Ana falou empolgada, se sentando no sofá.

– Sério? E qual é? Vocês vão contar ou farão algum tipo de chá revelação?

– É menino. Ana sorriu de olheira a olheira.

– E vocês já têm um nome? Gustavo olhou para nós dois.

– Bernardo. Sorri ladino e passei a mão pela barriga de Ana.

– Sabe... Gustavo olhou para a escada. – Laura e eu voltávamos de uma consulta médica minha, para tratar questões de fertilidade. Falou baixo.

Talvez ele nem devesse estar contando aquilo. Para falar tão escondido, provável que seja alguma coisa contra gosto de Laura.

– Eu acho que em breve teremos um bebê também. Acabei engasgando com a minha própria saliva e Ana me auxiliou, batendo em minhas costas enquanto me olhava seriamente.

– Um bebê? Perguntei me recompondo.

– Qual o problema deles terem um bebê, Estevam? Ana me perguntou seriamente.

– Nenhum, só achei estranho porque a Gabriela é bem pequena ainda né. Lembro de ter ouvido a Laura dizer que não queria filhos por enquanto.

– Nós estamos conversando... Gustavo sorriu empolgado.

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⏰ Última atualização: Jul 25 ⏰

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