Capítulo 7

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Ana já estava me aguardando no aeroporto quando cheguei. Ela não esboçou felicidade ao me ver, mas veio correndo ao meu encontro e me abraçou.

– Eu estou com tanto medo Estevam... Ela apertou minha roupa.

– Eu estou aqui agora! Passei a mão por seu cabelo e senti minha camiseta molhar.

Segurei em seu rosto e a observei, limpando suas lagrimas. A abracei novamente e apertei seu corpo no meu.

– Vamos pra casa, você deve estar cansado. Ela sorriu de lado e fungou, enxugando suas lágrimas em seguida.

Pegamos um carro de aplicativo no aeroporto e fomos para seu apartamento. Era pequeno, mas luxuoso e muito aconchegante.

Organizei minhas malas e tomei um banho antes de conversar com ela. Eu ainda não sabia bem quais palavras utilizaria, mas meu maior medo era machucar Ana.

Ela já estava deitada, vestida apenas uma camisola. Sentei na cama e cheguei próximo de seu ouvido.

– Vamos conversar?! Passei a mão por seu quadril e o acariciei devagar.

– Podemos fazer isso amanhã? Ela sussurrou. – Estou cansada.

– Tudo bem... Me deitei ao seu lado e beijei seu ombro. Subi a mão devagar por sua cintura, passando a mesma por sua barriga em seguida.

Ela suspirou e passou a mão por cima da minha, se aconchegando em meus braços.

Era tudo tão estranho. Saber que agora havia um bebê ao qual eu seria pai, era difícil de acreditar. Eu definitivamente gostaria que a mãe dessa criança fosse outra pessoa, mas tenho certeza que a Ana será uma ótima mãe.

No dia seguinte, quando acordei, Ana já estava acordada. Ela olhava fixamente para o teto enquanto acariciava sua barriga.

– Bom dia... Falei baixo, me aproximando.

– Bom dia. Ela se sentou na cama e se afastou.

– O que foi?! Apertei os olhos.

– O que nós dois temos? Me olhou. – Ou melhor, o que você tem com a Laura? Você não veio aqui por pura e espontânea vontade, não é mesmo?

– Do que esta falando? Franzi o cenho e me sentei na cama.

– Meu tio me ligou e disse que você esteve lá. Levei maior bronca por conta da gravidez e ele me disse que a Laura havia conversado com você e pedido para que você viesse me ver. Suspirou.

– Ana, a gente precisa conversar... Suspirei.

– Vocês ficaram por quantas vezes depois que eu me mudei para cá? Não é justo o que estão fazendo comigo e com meu tio Gustavo.

– Não ficamos Ana. Menti, pois sabia que falando algo eu prejudicaria a Laura também. – Eu busquei a ajuda dela, pois não sabia o que fazer. Eu não estou preocupado comigo, estou preocupado com você, porque isso afetará diretamente sua carreira.

– E você quer que eu faça o que? Tire o nosso bebê? Apertou os olhos.

– Não, eu quero esse bebê e estarei aqui para o que você precisar. Ana, eu sou homem suficiente pra assumir meus atos e nunca permitiria que você fizesse algo assim. Passei a mão por seu cabelo.

– Eu estou com tanto medo... Ela me abraçou, se sentando em meu colo. – Eu tenho medo de ficar desamparada, de não dar conta de cuidar desse bebê. De ficar sozinha...

– Eu estou aqui! Nunca te deixaria sozinha num momento assim. A abracei forte.

– Você vai ficar aqui até o nascimento do bebê?! Ela me olhou.

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