se o problema era você, por que doeu em mim?

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sᴇ ᴏ ᴘʀᴏʙʟᴇᴍᴀ ᴇʀᴀ ᴠᴏᴄê, ᴘᴏʀ ǫᴜᴇ ᴅᴏᴇᴜ ᴇᴍ ᴍɪᴍ?
ɴᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴘᴏʀᴛᴀ, ᴀɢᴏʀᴀ, 'ᴄê ᴍᴇ ᴘᴇᴅᴇ ᴀ sᴏʀᴛᴇ
sᴇ ᴇɴɢᴀɴᴀ ᴇ ᴄʜᴏʀᴀ ᴘᴏʀǫᴜᴇ ɴãᴏ ᴀᴄʜᴀᴠᴀ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ғᴏssᴇ ғᴏʀᴛᴇ
ᴇᴜ ᴀᴘʀᴇɴᴅɪ ᴀ ᴛᴇ ғᴇʀɪʀ ɴᴏ sᴇᴜ ᴘʀóᴘʀɪᴏ ᴇsᴘᴏʀᴛᴇ

O sol nascente pintava o horizonte com tons dourados, banhando a cidade costeira em uma luz suave. Giovanna acordou com o som das gaivotas e o farfalhar das ondas, lembrando-a de onde estava. A ressaca da noite anterior a abraçava e pensou que, se pudesse voltar atrás, com certeza não teria bebido tanto.

Ela se levantou devagar, sentindo a familiar rigidez nos músculos após a noite de dança e excessos.

O dia prometia ser desafiador. Giovanna precisava confrontar não apenas o mar, mais uma vez, mas também Jude.

Tomou um banho para refrescar a mente e depois desceu para a recepção do prédio. Tinha a intenção de resolver a questão do apartamento e, quem sabe, encontrar alguma orientação para o dia que se desenhava à sua frente.

Ao chegar à recepção, viu Jude conversando com o recepcionista. Ela hesitou por um momento, mas decidiu se aproximar. Apesar de ainda ser um idiota e Giovanna não querer manter qualquer conexão com ele, ainda assim tinham que resolver o problema do apartamento.

— Precisamos conversar sobre o apartamento. — disse, mantendo o tom firme, apesar da mistura de sentimentos que a invadia.

Jude se virou, surpreso ao vê-la ali. Seus olhares se encontraram e, por um instante, o tempo pareceu congelar. Haviam tantas palavras não ditas entre eles, tantos sentimentos mal resolvidos.... Não era hora de pensar nisso.

— Claro, Giovanna. Podemos falar sobre isso. — respondeu ele, tentando esconder a surpresa em sua voz.

— Já resolveu o problema? Isso já está demorando demais para ser resolvido. — a garota reclamou.

— A senhora que hospeda esse prédio está se dirigindo para aqui agora mesmo e... — ao olhar para o lado a senhora de cabelos brancos chegou. — Aqui está ela. Bom dia, senhora Teixeira.

Giovanna deu uma risada alta pela forma que Jude pronunciou 'Teixeira', mas ele não pareceu entender.

— Desculpem. — a menina fingiu uma tosse para tentar aliviar o momento constrangedor — Bom dia.

— Qual é o vosso problema em relação ao apartamento, meninos? — a mulher questionou com um sorriso meigo. — Oh, eu reconheço essas carinhas. Estiveram aqui há uns tempos!

— Exatamente. Bom, digamos que a senhora nos hospedou no mesmo apartamento.

— Mais uma vez... — acrescentou Giovanna num sussurro.

— E qual seria o apartamento?

— Está identificado como 19. — a menina interviu.

— Certo, certo. O apartamento do terceiro andar? — eles assentiram — Não entendo qual possa ser o problema, aquele apartamento é alugado por duas pessoas por vez, é apartamento partilhado. Vocês não lêem as descrições dos serviços que pagam?

A senhora diz com um tom confuso e, apesar das falas um pouco grosseiras, ainda mantinha a sua voz doce.

— Não, não, só pode ser engano. Tem a certeza? — a garota questionou levemente apavorada.

— Absoluta, minha filha. Agora, se me dão licença, tenho que resolver um outro problema. Boa estadia, queridos. — a senhora saiu apressada deixando Jude e Giovanna abismados se encarando.

𝘊𝘓𝘈𝘙Ã𝘖 - jude bellinghamOnde histórias criam vida. Descubra agora