ᴇ ᴀɢᴏʀᴀ ᴇᴜ ɴãᴏ ǫᴜᴇʀᴏ ᴍᴀɪs ᴍᴀɴᴛᴇʀ ᴀ ᴍɪɴʜᴀ ᴘᴀᴢ
ᴇᴜ ɢᴏsᴛᴏ ᴅᴏ ᴄᴀᴏs ǫᴜᴇ ᴠᴏᴄê ᴍᴇ ᴛʀᴀᴢ✈
Giovanna's pov — 2021
— Nossa, a gente vai surfar o dia todo, Manollo! — comentei com o meu irmão assim que a gente pisou na areia.
O mar estava excelente hoje e já tinha vários surfistas nele. Meu irmão mais velho tinha prometido que surfaria comigo e eu estava bem animada, porque ele não fazia isso sempre. Ele era 'mais um observador nato do que propriamente um praticante com desejo de desbravar os mares', como ele mesmo comentava. Meu irmão sempre teve esse costume de poeta, de querer caracterizar com trezentos adjetivos as coisas mais simples, como essa. Não chegava a ser um costume, honestamente, pois não era tão recorrente quanto parece ser ao se dizer costume, era mais como ataques de poeta, porque só saíam em frases aleatórias no momento mais aleatório possível, como se ele quisesse transformar a frase mais estúpida numa citação marcante e, por mais que seja chocante, até que resultava. Um pouco de aleatoriedade e um dicionário e BOOM! uma frase saída diretamente de um livro de filosofia.
Meu irmão sempre aspirou ser um escritor famoso, daqueles que ainda escrevem em máquinas de escrever de 1940. Ele quer escrever sobre tudo, desde fábulas de crianças até a um manifesto, resumidamente, ele só quer gastar tinta, páginas e neurónios em vão, mesmo que tecnicamente não seja em vão, porque eu adoraria ler o que esse rapaz tanto escreve quando senta do lado da janela da nossa casa. Ele nunca me mostrou o que escreve, nem a ninguém, embora eu tenha a certeza que se ele alguma vez mostrar alguma daquelas páginas a alguém, essa pessoa vai ser eu ou, pelo menos, espero que seja.
Nunca consegui imaginar perfeitamente algo escrito por ele, todavia na minha mente sempre surgiu algo como "Os três porquinhos e o lobo mau" ou até um "Porque fazemos o que fazemos?", se ele dizia que é versátil na escrita, eu estaria confiando.
Boatos dizem (eu sou os boatos) que o escutaram a cantar a letra de uma música no banheiro criada por ele mesmo, até porque nenhuma música conseguiria citar o nome completo da ex dele seguido de “volta para mim”, pelo menos, cinco vezes, e esses boatos, que são, obviamente, boatos e nada tem a ver com a minha experiência seguindo ele com doze anos para descobrir onde ele guardou o chocolate que ganhou na páscoa, me fazem pensar que é compositor também.
Na minha tentativa falha de imitar ele e começar a escrever histórias de dragões voadores e filhos de deuses, claramente não inspirados em Percy Jackson, com oito anos, descobri minha vocação perfeita: fazer listas, por isso, ei, muito obrigada Manollo!
Enfim, na verdade, Manollo sempre teve muitos costumes desses, o recentemente renomeado ataque de poeta, destacado pela minha mãe como um dom proveniente da criatividade e por mim apenas como irritante, era um dos melhores que ele poderia ter. Não era como se fosse difícil competir com os seus outros costumes.
Recorrendo às minhas boas e velhas listas e ignorando o primeiro tópico que acabei de abordar e coisas infantis, aqui vai a minha preferida:
"Coisas que eu odeio em meu irmão e seus costumes chatos, insuportáveis e inconvenientes
...
Nº 3: Jogar FIFA o dia todo
Não, Manollo, seu time não me interessa, não dou a mínima para o quão bugado esse jogo é e se a bola atravessa o seu goleiro. Se seu jogo quebrar, sim, fui eu.
Nº 3: Toda vez que rouba minha última fatia de bolo
Você comeu meu bolo todo de aniversário quando eu completei dez anos ???
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𝘊𝘓𝘈𝘙Ã𝘖 - jude bellingham
FanfictionO que acontece quando, por culpa de um erro bobo, duas famílias ficam hospedadas no mesmo apartamento durante as férias? Várias coisas poderiam ter acontecido, inclusive uma paixão de verão entre Bellingham e uma surfista. Podemos concordar que foi...