Angelica tentava não trocar as pernas enquanto caminhava, mas todo o tempo sem beber realmente havia a deixado um pouco fraca. Ela se apoiou na parede, rindo, enquanto Kuldra a encarava.
- Você tinha razão, aquela velha é... hic, incrível! Haha! - o anjinho dizia, erguendo os braços - A gente tem... hic... que voltar aqui mais vezes!Kuldra fez que sim com a cabeça, ainda sóbria. As cervejas que tomou não eram o suficiente para derrubar alguém como ela.
- Argh, por que caralhos o chão tá se movendo tanto... - e antes que a baixinha pudesse cair, sua dupla a pegou gentilmente no colo e as duas entraram no elevador – Ok, assim é melhor... Chão rápido do caralho.
- Fico feliz por você estar melhor. - N'kosi fez um carinho nos cachinhos pretos e Angelica a encarou com uma expressão meio possessa - Não está?
- Pare de me olhar assim.
- Assim como? - Kuldra perguntou, confusa.
- Toda boba, cacete. - Ritter respondeu, amassando o rosto de sua dupla enquanto fazia careta - Para de ser besta, porra.
- Ah. - e Kuldra não conseguiu esconder o pequenino sorriso dos olhos de Angelica - Ok.
O elevador abre as portas de novo e antes de chegarem na ala médica, Angelica bufa.
- Nem fodendo que eu vou voltar praquela merda. Me leva pro quarto.- Mas... Você já foi liberada?
- Foda-se! Ficar lá só tá piorando minha cabeça! Vamo logo pro quarto, porra, eu quero minha cama!
Kuldra fez que sim com a cabeça e seguiu o caminho até o quarto das duas. Abriu a porta, deitou Angelica em sua cama, a ajudou a tirar os coturnos e a cobriu gentilmente com o edredom.
- Boa noite.
Trancou a porta e já estava se preparando pra dormir também, quando ouviu os tapinhas abafados pelo tecido do edredom.
- Hm?- ...deita aqui, sua idiota. - Angelica disse meio emburrada, mas ao mesmo tempo... Sem jeito?
Kuldra fez o que sua dupla mandou, tentando se ajeitar na cama que era pequena demais pra ela. Abraçou uma Angelica que tentava parecer brava ainda, mas que apoiou a cabeça em seu peito e fechou os olhos.
- Senti sua falta. - Kuldra disse, voltando a fazer carinho naquelas madeixas.
- Cala a boca...
E assim as duas caíram no sono.
--//--
O carro preto blindado parou na frente da mansão moderna, e logo um funcionário se ofereceu para guardar o veículo enquanto Salvatierra descia e lhe entregava as chaves. Quando ela chegou até a porta, uma empregada a atendeu com certa surpresa.
- A senhorita Chaudhari não está esperando visitas.
- Diga a ela que sou eu. - ela respondeu, séria, encarando a mulher que desviou o olhar e suspirou antes de abrir a porta.
- Espere aqui, por favor.
A sala de estar era decorada de forma contemporânea, mas com pequenos detalhes da cultura de Chaudhari esbanjados aqui e acolá. Um quadro na parede, algumas estátuas pequenas... Era bem calculado, mas ainda não caía nos gostos de Suzana. Parecia fresco demais.
- Por favor, me siga. - e a empregada caminhou até uma porta, a abriu e fez sinal para que a visita entrasse antes de deixá-las sozinhas. O local era um escritório com ar mais antigo e sofisticado que o resto da casa. De paredes cor de vinho e repleto de estantes abarrotadas de livros, pinturas chiques com molduras douradas nas paredes e até mesmo duas estátuas nos cantos do cômodo. No centro, Chaudhari mexia em um notebook e bebia uma taça de vinho, os cabelos pretos soltos e seu corpo coberto aparentemente apenas por um roupão vermelho de cetim.
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I.N.D.
Fiksi IlmiahHistória escrita com Co-Autoria de SataNats (Hoshikawa) O Instituto de Neutralização e Contenção de Seres Demoníacos, ou I.N.D., é a única organização militar com poderio o suficiente para combater a ameaça demoníaca que assola o planeta Terra. Esta...