Um lugar muito, muito frio. Em um casarão no meio da neve. Um homem entra pela porta e tira o casaco. O aquecedor pelo menos estava ligado. Ele esfrega as mãos uma na outra, porque apesar das luvas, as pontas de seus dedos estavam dormentes. A mulher, na cozinha, fazia comida.
Ele se aproxima.
- Onde elas estão?
- Estão treinando lá embaixo.
- Certo. A janta já está pronta?
- Está quase. Pode chamá-las.
A Lua brilhava lá fora, redondíssima, cheia.
E então, ele assente com a cabeça e vai andando. Há uma lareira que não é utilizada. Ele apenas movimenta uma pequena estatueta de um monstro inumano em cima da mesma, e com um estrondo de pedras e metal, a lareira vai pro lado dando lugar a uma abertura grande o suficiente pra duas pessoas passarem por ela.
E logo depois da abertura há uma escada descendo. Ele começa a descer, apoiando-se na parede de pedra maciça.
Aquilo parecia estar ali por muitos e muitos anos, porém, contrastava com algumas coisas tecnologicamente avançadas.
Ele desce e desce. Apalpa a barba. Ele temia que com a idade avançada, em um determinado momento, seus joelhos não mais aguentassem e ele viesse a cair dali, claramente morrendo na queda.
Mas não tinha jeito.
E quando chegou lá embaixo, havia essa enorme câmara, novamente, onde o passado se fundia com o futuro. As paredes maciças de pedra medieval versus alguns monitores, cabos e outros circuitos tecnológicos.
Ele olhou as crianças treinando.
Era sempre maldito e surreal.
Era sempre... muita coisa.
Pelo menos pra duas adolescentes.
- Certo. A janta está pronta. Vocês precisam parar agora.
E então, uma das crianças parou de lutar/treinar e sorriu pro adulto, que não se parecia em nada com ela.
Porém, a outra criança não parecia parar de treinar/lutar.
Ela parecia meio... afetada.
A segunda se preocupou.
- Ela... ela não está "voltando".
- Merda. Pegue o antídoto!
E a jovem que havia parado correu para o canto da sala, onde havia uma espécie de armarinho refrigerado com vários tubos com líquido colorido fluorescente e é claro, seringas de metal para aplicação. Sem que o homem precisasse guiá-la, ela furou um dos tubos e puxou o líquido pra dentro da seringa, quase deixando o mesmo totalmente vazio.
E logo depois, correu de novo pro centro da câmara.
O homem correu para o meio do lugar, tirando de outro compartimento tecnológico nas paredes antigas uma espécie de arma tranquilizante, e tentando se aproveitar de todo seu tamanho e porte físico, ainda que com a idade avançada, ele tenta conter a primeira garota.
Mas ela estava forte, grande e bruta.
E a briga é quase injusta.
A garota "tranquila" corre com a seringa na mão, enquanto o homem tenta segurar a outra.
- APLIQUE! APLIQUE!
A menina até tenta, mas a força da brutamontes era tão massiva, mas tão massiva, que joga o homem longe e dá um tabefe na seringa, jogando-a também.
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I.N.D.
Fiksi IlmiahHistória escrita com Co-Autoria de SataNats (Hoshikawa) O Instituto de Neutralização e Contenção de Seres Demoníacos, ou I.N.D., é a única organização militar com poderio o suficiente para combater a ameaça demoníaca que assola o planeta Terra. Esta...