Epílogo

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“Você não vai me deixar cair, vai?”

“Nunca” respondeu Aemond enquanto segurava a mão de sua filha com força.

Hoje era o dia em que sua filhinha ia se casar.

Ele deve admitir que foi uma grande surpresa quando Ryn se apresentou como Alfa. Ele tinha certeza de que ela seria uma Omega ou Beta.

Mas nada foi mais chocante do que seu filho Aemon se apresentar como um Ômega.

É claro que Luke ficou encantado, outro homem Ômega da família.

Aemon, entretanto, achou difícil, ele passou anos treinando com a espada, dedicando-se à sua educação e se tornando o melhor cavaleiro de dragão que pôde para imitar seu pai Alfa. Apenas para apresentar como um Omega.

Aemon estava convencido de que os deuses estavam pregando uma peça cruel nele. Os Omega deveriam ser macios e delicados; ele era afiado e magro. Sua apresentação mudou todo o seu futuro e ele odiou isso.

Ele não queria pensar em ser casado ou companheiro de um Alfa. A ideia de dar um nó parecia tão estranha para ele.

Ele deveria ser um Alfa e não um Ômega. Nada que sua mãe ou seu pai dissessem o faria se sentir melhor.

A única coisa que lhe deu algum tipo de alívio foi seu dragão Vhagon.

Até que sua irmã mais nova, Ryn, se apresentou como Alfa.

Foi um sentimento estranho; claro, eles sempre foram próximos quando eram crianças. Mas agora era como se houvesse algo mais. Uma voz dentro dele, chamando por ela.

Ele tentou ignorar primeiro, mas quanto mais tempo passava perto de sua irmã Alfa, mais alta a voz ficava.

Ele começou a se tocar ao pensar nela, o que o deixou envergonhado.

Aemon nem tinha certeza se sua irmã sentia o mesmo, até que um dia ela o encurralou depois que ele tentou evitá-la, e ela o beijou.

Era diferente de tudo que ele já havia sentido antes.

A voz dentro dele estava cantando.

Embora inicialmente estivesse preocupado com o que sua irmã esperava dele, ele logo percebeu que não tinha nada com que se preocupar.

Ryn o aceitou como ele era. Ela nunca tentou mudá-lo.

Os Omega deveriam ser submissos, mas Aemon era desafiador e obstinado.

Ryn parecia gostar disso nele.

Ela era seu Alfa e ele era seu Ômega.

Revelar seu relacionamento com a família foi realmente fácil. Enquanto seus pais trocavam olhares conhecedores, parecia que o relacionamento deles não era uma grande surpresa, afinal, e assim que Ryn fizesse seis e dez anos, eles se casariam.

Quando Aemond colocou a mão de sua filha na de Aemon, ele sorriu.

“Agora eu sei que não preciso ameaçar você como fiz com Aenys” murmurou Aemond.

Afogando-se dentro de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora