22| SATURNO: CAPRICÓRNIO

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CAPÍTULO NARRADO POR JINNY

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CAPÍTULO NARRADO POR JINNY

Coreia do Sul — Daegu. Inverno.
24 de Dezembro de 2000.

O vento frio era cortante. Parecia ser capaz de atravessar os poros de minha pele e congelar o sangue.

— Abelhinha, vamos lá dentro colocar mais um casaco em você? — Pediu, com aquele tom cuidadoso.

— Não! Estou bem assim, Jun. — Repliquei, concentrada na bola de neve que tentava formar com minhas mãos — Temos que terminar nosso boneco de neve antes da ceia de natal, senão dá má sorte.

— Mamãe ficará chateada se você ficar doente! — As palavras de Junseo me atingiram, causando uma tristeza crescente, como uma doença que se alastra pelos órgãos, em uma lenta tortura.

Minha mãe sempre se chateava comigo, por qualquer motivo, até mesmo se eu ficasse doente.

— Venha! É rápido! A gente já volta pra cá! — Insistiu.

— Tudo bem! — Aceitei, contrariada — Mas prometa que vamos finalizar nosso boneco de neve. Prometa de dedinho! — Exiji, com a seriedade de um adulto, apesar de ser apenas uma criança de 6 anos.

Meu dedo mindinho minúsculo se estendeu em sua direção. Junseo, compreensivo e carinhoso, correspondeu ao toque, entrelaçando seu próprio dedo ao meu.

— Eu prometo, abelhinha. Agora venha!

Junseo pegou em minha mão enquanto caminhamos para dentro de nossa casa.

— Jinny! — Aquela voz, tão familiar para mim, ecoou ofegante atrás de nós. Ele estava correndo.

Com uma felicidade eufórica, eu me virei e corri em sua direção.

Aí, o abracei forte, como se fizessem anos que não nos víamos... mas faziam apenas algumas horas.

Só que eu sempre fui intensa, entendeu? E muito, muito, grudenta.

— Não precisava abraçar! Ah! Solta, carrapata... — Reclamou em um tom de resmungo, que não me soou nada verdadeiro, enquanto tentava me afastar.

— Abraços são mecanismos de demonstração de afeto, Trogui! — Eu o soltei apenas para encara-lo — Já falamos sobre isso! Tem que aceitar abraços. Abraçar é bom!

— Eu não gosto de abraçar! — Resmungou novamente, cruzando os braços, emburrado.

— E eu não tô nem aí! Vai ser abraçado sim! — Exiji, brava e mandona, como sempre fui.

Shift • Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora