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Vinnie Hacker

Já se passaram duas semanas desde o acidente de Merlyn, por passar muito tempo com Cintia e a família de Merlyn, percebo muitas coisas estranhas acontecendo. Ontem mesmo quando cheguei lá para jantar, notei a presença de um estranho vigiando a casa, com um pequeno caderno, uma caneta, ele anotava exatamente cada passo, assim que me viu saio correndo.

Mas aquela não era a primeira vez... no hospital!!! Quando fui fazer uma visita a Merlyn, ele nos observava através da janela, com o mesmo caderno e o mesmo lápis, seja quem for eu irei descobrir e colocar sua cabeça como um troféu na minha estante.

Desvaneio dos meus pensamentos quando estaciono o carro em frente a casa de Cintia, pois a mesma me ligou desesperada, falando que precisaria falar comigo urgentemente.

Desco do carro e vou até a porta tocar a campainha, toco uma, duas, três e quando me viro para ir embora a porta abre

— Porra achei que não iria abrir nunca! — esbravejo olhando a expressão de Cintia aliviada.

— Se tode Vinnie, entra logo! — a mesma praticamente me arrasta pra dentro.

— Ei oque tá acontecendo?!!! Que desespero é esse? — me viro vendo a mesma trancar a porta — Que porra é essa? Você tem 7 cadeados na porta?!

— Vinnie presta bem atenção, tem um cara me vigiando desde o dia do acidente da Merlyn, ele sempre está de preto com um caderninho e uma caneta na mão — congelo ao ouvir isso.

— Me explica isso direito!

— E isso mesmo que você ouviu, desde o acidente esse cara apareceu, inclusive ontem quando eu te liguei, ele tocou a minha campainha e eu não sabia, na hora que abri a porta ele estava do outro lado da rua e tirou fotos minhas — o mesmo filha da puta que eu vi!

— Eu também vi ele, achei que era bobagem minha, mas isso tá ficando mais sério a cada vez que passa — passo a mãos pelos cabelos loiros, levemente nervoso — temos que ter muita calma e cautela, não podemos agir sem pensar.

— Mas também não podemos ficar lesando ou nossas cabeças irão rolar — a mesma apavora.

— Cintia calma!! Seja quem for, ele quer exatamente isso, nos deixarmos desestabilizados, fazendo a gente abaixar nossa guarda ficando mais vulnerável e ele sair em vantagem.

Sento me no sofá, perdido, preocupado, seja quem for que esteja atrás disto é alguém perigoso, não sabemos quem é a pessoa e o que ela é capaz de fazer, ou até mesmo o quão longe ela pode ir, não sabemos nada.

Pego meu celular e procuro o contato dele no meu celular, vasculho, vasculho , vasculho até achar. Ligo para seu número e espero até o mesmo atender.

— Oi, Cooper?! — pergunto pra ter certeza que o mesmo atendeu.

— Fala Vin, como anda? — ouço a voz rouca do mesmo, provavelmente por ser de madrugada.

— Ah era sobre isso que queria falar com você... — o mesmo suspira pesado do outro lado da linha — Cintia anda vendo a mesma pessoa que falei com você sobre semana passada, inclusive ele tirou fotos delas ontem.

— Porra mano, quando você disse eu achei que deveria ser algum dos meninos zoando sabe? Mas isso tá ficando extremamente perigoso, está indo longe demais — o mesmo soa preocupado

Coloco o volume da ligação alto para que Cintia escute e fale também.

— Oi Cooper! Então como o Vinnie disse, esse cara apareceu desde o acidente da Merlyn e ontem foi muito assustador, nunca tinha chegado a esse nível de tirar fotos

— Oii Cintia, realmente foi muito bizarro, na real está todo mundo em perigo, não podemos bobear e nem baixar a guarda por causa disso — Cooper soa pensativo do outro lado.

— O bizarro é não termos noção de quem seja, pode ser qualquer pessoa, nunca conhecemos o assasino ao nosso lado — por um momento ouvi um silêncio.

Nos três ficamos em silêncio pensando em algo pra falar, uma solução, até Cintia me cutucar e começar a sussurrar.

— Ele tá aqui, ele tá ali, ele tá ali — Cintia sussurra desesperada

— Ele está aí??? — Cooper ouve atentamente oque está acontecendo com a gente.

— Vinnie ali na janela, do lado de fora, ele tá ali!!!!

Cooper não perde tempo e muda para a chamada de vídeo, viro a câmera para mostrar a ele, Cintia começa a ficar ofegante, nervosa , tensa. Olho para a direção da mesma e lá está mesmo com o mesmo caderninho maldito e a caneta, observando minuciosamente cada movimento e passo nosso.

— Porra cara, isso tá totalmente sinistro — Cooper arregala totalmente os olhos, levantando rapidamente da cama e catando suas coisas — Estou indo aí se mantenham calmos, não mostrem desespero, não baixem a guarda, lembrem-se: é exatamente isso que ele quer! — Cooper desliga.

Cintia se acalma, começamos a observá-lo fixamente até Cintia levar e voltar com dois caderninhos e duas canetas, começamos a reproduzir seus atos, escrevendo tudo oque está acontecendo neste momento, o deixando espantado.

Aonde ela arrumou esses caderninhos Jesus?

É isso!!

Cintia estava jogando o mesmo jogo que ele, por mais que ele estivesse desestabilizando ela, ela não demonstraria isso, fazendo ele perceber que o joguinho dele não estava dando certo, fazendo um jogo mental com ele

Genial!

Notei que com o nosso comportamento igual o dele, o mesmo ficou nervoso, como se ele não estivesse tendo o resultado esperado, fazendo o plano da Cintia estar dando totalmente certo!

É agora que o verdadeiro caos começa...

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Oi amores, com o período de aula tendo acabado e eu estando de férias, tenho mais tempo disponível!

Estava pensando aqui, não gostei muito do desenvolvimento do começo da fic e mudarei algumas coisas a partir de agora.

Uma perguntinha, vocês gostaria que fossem um romance com o Vinnie ou com o Jordan?

Fiz um tiktokerson: @autorayasmitchel (foto de uma menina loira no espelho )

Agiota - Jordan PowellOnde histórias criam vida. Descubra agora