Jungkook estava ansioso, outra vez.
A vontade de correr para longe da recepção da clínica era grande, pois se sentiu um bobo, por mais que Jimin o tranquilizasse dizendo que estava tudo bem e até dera uma carona a ele para não precisar ir de ônibus ou metrô até o trabalho de Taehyung.
O par de ingressos que comprou no cinema próximo à clínica psicológica estavam quase umedecendo pelas mãos transpirando de nervosismo. Jungkook bateu levemente o pé no chão, diversas vezes, por conta do joelho balançando. O recepcionista olhava para ele vez ou outra, curioso.
Quando Taehyung apareceu, estava de blusa social e calça brancas, bem charmoso. Jungkook não conseguiria se concentrar com um psicólogo desses.
O homem demorou a notá-lo, pois o ângulo em que escolheu a cadeira para se sentar não era dos mais favoráveis; viu em silêncio o moreno se aproximar do balcão cor de gelo da recepção com a mochila de ombro transpassada pelo corpo, e retirou de lá uma pasta.
— Entregue à Sra. Gang-Lee para mim? É o encaminhamento psiquiátrico que ela me pediu pra analisar.
— Pode deixar, Sr. Kim. — o rapaz pegou a pasta branca e quando Taehyung se virou, parou bruscamente na passada que deu ao ver a figura do rapaz de camiseta larga amarela, casaco branco e calça jeans clara; bem diferente do preto usual.
— Jungkook? — falou seu nome com surpresa e se aproximou com o olhar maravilhado: a reação alegrou o mais novo, pois temia alguma repreensão.
— Oi! Olá! — levantou-se desajeitado e se curvou. Taehyung continuava com a expressão surpreendida. — Desculpa vir aqui sem avisar, eu...
— Que surpresa boa, meu amor. — sorriu e tocou na cintura do rapaz assim que se aproximou.
O beijo que deu em sua bochecha fez seu estômago revirar: talvez fossem essas as famosas borboletas.
— Eu, é, o Jimin me deu carona. — colocou o nome do marido de Taehyung na conversa, pois de alguma forma queria mostrar que o ruivo estava ciente de sua ida até ali. — Ele foi no salão de beleza e por isso não ficou.
— Oh, ele disse que se cansou do cabelo, vai pintar de novo. — a novidade deixou Jungkook animado, Park Jimin ficaria bonito com qualquer cor de cabelo. — Como você está?
— Bem! Estou bem. — sorriu e balançou a cabeça apenas para reiterar que estava alegre, então se lembrou do par de ingressos que continuava em sua mão. — Ah, eu... Eu, hum... É.
Perdeu a fala, como sempre. Sentiu-se ridículo. Uma criança inexperiente em tudo.
Taehyung o viu olhar para baixo e notou o par de ingressos do cinema perto do seu trabalho.
— O que é isso? — esticou a mão e tomou os ingressos de Jungkook sem pedir, e os dedos cederam o gesto para que o homem pegasse sem dificuldade.
O olhar de Taehyung aumentou de tamanho ao ver o ingresso do cinema.
— Você quer assistir Super Mário?
O rosto de Jungkook se petrificou ao ver a dúvida estampada em seu rosto.
Aonde estava com a cabeça de chamar Kim Taehyung para assistir a uma animação?!
— N-Nós podemos ver outra coisa! É só que era a sessão mais próxima! — esticou a mão para pegar os ingressos, mas Taehyung habilmente os afastou para que Jungkook não os pegasse.
— É o que você queria assistir, não é? — Insistiu na dúvida e Jungkook desistiu de pegar os papéis coloridos da sessão. As mãos se recolheram e se apertaram, Taehyung ajeitou a bolsa no corpo e manteve os ingressos na mão.
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Volúpio | Taekookmin
FanficJeon Jungkook sempre foi um rapaz muito curioso. Disposto a descobrir mais sobre si mesmo, ele adquire um ingresso valioso para ir à inauguração da Casa Eros: o maior clube BDSM de Seoul, fundado pelo famoso fetichista Park Jimin, dono do local junt...