1. Eros é um artista

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Atenção!

Momentos difíceis de ler ou cenas que te deixe desconfortável, comente "Branco" e pule, que eu resumo o enredo do capítulo (sim, temos uma palavra de segurança). Mas me esforcei para deixar todas as cenas e fetiches de uma forma leve e gostosinha :)

Tag da fic: #ErosPrivate

Boa leitura!

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Jeon Jungkook estava encantado.

A imagem de Park Jimin sorria para a foto da mídia do artigo que ele lia em seu notebook.

Como alguém poderia ser tão bonito? Parecia um anjo.

Foi inevitável não clicar no sensor do mouse e salvar a foto.

Ao lado de sua imagem, a chamada para o artigo gritava em letras garrafais:

"Conheça mais sobre Park Jimin, fetichista e primeira celebridade assumidamente não-binária da Coreia do Sul, que fará o lançamento da Casa Eros em Seoul."

Definitivamente Jungkook era um fanboy para estar lendo tantas entrevistas daquelas. Se Park Jimin possuísse photocards, certamente os compraria.

O problema seria o conteúdo das fotos, visto que o coreano não sabia posar para uma câmera sem provocar demais.

Por isso, Park Jimin não estava apenas sorrindo para aquela foto — e era isso que a tornava comprometedora de se salvar no notebook.

O ruivo usava uma roupa inteiramente de látex branco e segurava uma palmatória nas mãos enquanto sorria descaradamente, como se estivesse em um terno comum no ensaio e não uma roupa de mensagem fetichista implícita.

Rolou os olhos pelo site em busca de alguma curiosidade que ainda não soubesse sobre o "artista".

"Q: Como foi a reação dos seus pais ao descobrir que você era adepto do BDSM?

PJM: Eu não falo sobre meus pais, meu bem, mas posso aproveitar o encejo para falar que, caso alguém tenha receio de mostrar seu verdadeiro Eu com medo da reação familiar, procure não se abalar pelas opiniões deles e busque ser feliz por conta própria. Ninguém sabe melhor de mim do que eu mesmo, isso vale para todos".

Jungkook riu nasal ao ler aquilo, ciente de que seus pais odiariam saber sobre o verdadeiro Eu do filho único.

Jeon Yejun era um pastor consagrado e Jeon Mina cuidava do Departamento da Mulher da mesma igreja, que mais parecia uma dominação ocidental cristã no meio da Ásia. Jungkook, como filho único dos dois, era constantemente pressionado a ir aos cultos e participar das atividades, afinal, ele era o filho do pastor e da ministra.

Mal sabiam que, após o culto de domingo, Jungkook dava boa noite aos seus pais e corria para o quarto para ver vídeos na aba anônima do notebook.

E era isso o que iria fazer mais uma vez.

Já era tarde da noite de uma terça-feira e ele precisava levantar cedo para a faculdade de Comunicação, mas depois de ler mais algumas entrevistas de Park Jimin, algo brotou em seu interior e ele levou o notebook para cama.

Ajeitou-se com os joelhos erguidos para apoiar o notebook nas pernas e procurou os vídeos de performance de Eros.

O peito sempre brotava de expectativa: quando Park Jimin usava aquele nome, ele não era mais apenas o futuro dono de um clube BDSM, modelo e ativista da bandeira não-binária.

Ele se tornava Eros, um sadomasoquista e submisso de Vante.

Jungkook não sabia tanto sobre ele, apenas que seu nome era Kim Taehyung e que já era um sexólogo renomado no exterior, mas que decidiu fazer carreira na Coreia do Sul: um país extremamente conservador. O rapaz admirava a coragem do casal e até invejava a liberdade que eles viviam.

Volúpio | TaekookminOnde histórias criam vida. Descubra agora