Acordar ao lado de Kim Taehyung era sempre muito gostoso.
Era uma sexta-feira, podiam acordar a hora que quisessem, pois nunca possuíam compromissos nesse dia além da Casa Eros. Havia apenas um, e esse sim foi um motivo para que Taehyung despertasse um pouco mais cedo que o normal. Não precisava de despertador, a própria alma o acordava para lembrá-lo daquela data:
Cinco anos de casado com Park Jimin. Cinco anos, metade de uma década. Isso era muita coisa, para duas pessoas na faixa de vinte e sete e vinte e cinco anos.
Casaram-se cedo, na própria Las Vegas, para que Jimin tivesse acesso aos direitos de Taehyung que um casamento poderia oferecer. Não foi um acordo por obrigação, apesar disso: queriam mesmo se casar. Eram jovens, mas completamente cientes do que queriam.
Já faziam cinco anos que estava acordando ao lado da pessoa que mudou sua vida e não poderia estar mais grato.
Jimin ainda dormia, notou como seu rosto estava emagrecendo a cada semana, mas não conseguia convencer o esposo a se alimentar adequadamente. O Park continuava angustiado com sua aparência.
Aproximou-se da pessoa envolta por um grande roupão felpudo e macio, e começou a beijar seu rosto diversas vezes e em vários pontos: bochechas, queixo, boca, pontinha do nariz, em cima dos olhos, sobrancelhas, testa.
Foi questão de segundos em uma sequência infinita de beijos para que o sorriso pequeno de Jimin começasse a surgir, ainda de olhos fechados.
Também não precisava conferir no calendário: sua alma já sabia.
Anael e Hadriel estavam em festa.
Jimin virou de repente para ficar por cima de Taehyung e o agarrou pelo pescoço, como um bicho-preguiça se agarra a uma árvore.
— Feliz dia... — sussurrou rouco pelo sono ainda presente e foi sua vez de beijar o rosto do marido indefinidamente.
Estavam felizes, podiam até sentir seus espíritos amigos em festa. Eram cinco anos de uma união que já durava mais de um século.
Jimin juntou sua testa e a ponta de seu nariz ao do marido, a respiração de ambos estava acelerada.
— E se a gente chamar...
— A gente podia ver o... — Taehyung parou de falar ao ver que Jimin pareceu sugerir o mesmo que ele.
O corpo dos dois se tensionou, estavam compartilhando até as mesmas reações físicas.
Respiraram fundo, a mão de Jimin tocou a bochecha de Taehyung em um carinho.
— É, isso.
— Isso. — O homem falou em uma lufada de ar que foi mais fácil de sair, ao ver que a pessoa queria o mesmo que ele. — Vamos chamar.
— Vamos. — Jimin sorriu, ainda de olhos fechados, e deitou a cabeça no vão do pescoço de Taehyung. — Minha nossa, vamos chamá-lo.
— Vamos. — repetiu, sem acreditar muito no que estavam fazendo, mas não sabia de que outra forma comemorar uma data importante que não fosse ao lado de pessoas importantes: Jimin e... Jungkook.
Por isso, naquela manhã, o rapaz sentado à mesa junto aos pais para um café da manhã típico da família tradicional coreana, recebeu uma mensagem no seu celular disposto ao lado da xícara de café com leite.
Jimin 🔥:
| Arrume uma desculpa para dormir fora hoje! Vamos comemorar algo especial :)Jungkook controlou a vontade de reagir de olhos arregalados diante da tela do seu celular.
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Volúpio | Taekookmin
Fiksi PenggemarJeon Jungkook sempre foi um rapaz muito curioso. Disposto a descobrir mais sobre si mesmo, ele adquire um ingresso valioso para ir à inauguração da Casa Eros: o maior clube BDSM de Seoul, fundado pelo famoso fetichista Park Jimin, dono do local junt...