Tenha um ótimo dia

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Aviso: Esta história é uma ficção com toques sadomasoquistas para maiores de 18 anos, mas definitivamente não se propõe a ser um exemplo da prática, muito pelo contrário, BSDM NÃO é o que eu descrevo aqui. Pode causar gatilhos por tratar de temas como: violência, sangue, tortura, privação de liberdade, situação análoga a escravidão, crueldade e dor.

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"Prisioneiro n. 257-65, você foi condenado à prisão perpétua por atentado violento à ordem, homicídio, tentativa de homicídio, terrorismo e associação criminosa. Foi de comum acordo a conversão da pena de perpétua para 347 anos em regime criogênico total, com a possibilidade de conversão criogênica ao cumprimento de ⅔ da pena. Período esse reduzido em um ano, a cada dois cumpridos como doador e produtor de sangue e demais produtos orgânicos humanos. A Quasar Corp. está feliz em informar que sua pena foi reavaliada e a criogenia total foi revertida, hoje, ao completar o cumprimento de 55% de sua pena."

Arkin sente seus ouvidos doerem com a voz inexpressiva que toma o ambiente.

"A Quasar Corp. agradece por sua colaboração durante esses anos e espera que você compartilhe conosco a satisfação pela oportunidade de ter salvo tantas vidas durante esse período."

A voz continua a martelar dentro da sua cabeça e a muito custo ele consegue abrir os olhos, agradecendo pela luz amena.

"Durante o período que ainda resta de sua pena, você, prisioneiro 257-65, é propriedade ativa da Quasar Corp., de acordo com a lei da propriedade privada, artigo 4°, promulgada em janeiro de 2067."

Propriedade? Arkin tenta se mexer, mas nada acontece. Seus sentidos e controle motor estão voltando lentamente.

"A Quasar Corp. conta com a sua cooperação e informa que os ativos da companhia tem por objetivo atender as necessidades emergentes da sociedade. Em tempo devido, você será  realocado em sua nova função. Tenha um ótimo dia."

Os movimentos de seus membros voltam e ele percebe que está atado à cama hospitalar e de seu nariz sai um tubo preso a um saco metálico.

Um homem, paramentado como cirurgião, entra, seguido de mais duas pessoas igualmente vestidas.

— Esse está acordado.

O homem tira o lençol que cobre o corpo imobilizado de Arkin em um único movimento, expondo seu corpo nu, de onde saem muito mais fios e tubos.

— Hey, o que está acontecendo?

Arkin pergunta, mas as pessoas o ignoram. O médico chefe apalpa e aperta o corpo de Arkin, tirando bruscamente os fios e adesivos em sua pele. Segura seu rosto e o deixa brevemente cego com um facho de luz extremamente forte, força a abertura de sua boca e tira sem nenhum cuidado o tubo que sai por seu nariz, fazendo com que ele engasgue no processo.

— Reflexos, ok.

O médico segura seu pênis e, sem aviso prévio, tira o cateter de uma vez. Arkin se debate e grita de dor.

— Musculatura e movimentos, ok.

Na mesma toada, coloca a mão entre as pernas e arranca um tubo mais grosso que sai do seu ânus, o fazendo gritar e se debater novamente.

— Tá liberado.

Os médicos saem tão rápido quanto entraram, deixando o preso e descoberto sobre a cama. Arkin não tem nem tempo de respirar antes que outras cinco pessoas entrem, vestidas com, o que lhe pareceu, roupas sociais e tablets nas mãos, sendo dois homens e três mulheres. Esses nada dizem, mas o analisam atentamente por longos minutos, enquanto anotam coisas nos tablets.

257-65Onde histórias criam vida. Descubra agora