Ladra

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Arkin acorda em sua cela, seu corpo parece novo em folha, se não fosse pelo cinto e pela excitação absurda que sente mesmo sem nenhum estímulo.

— Hey, coelhinho! Boas notícias! Aquela bruaca desistiu de você!

Arkin olha para a funcionária envergonhado.

— E porque eu tô com isso ainda?

— Porque alguém pagou muito mais para te manter assim.

Arkin respira fundo.

— Porque parece que a cada dia eu tô mais excitado?

— Porque está, coelhinho.

— Meu nome é Arkin, para de me chamar assim!

— Coelhinho combina mais... se prepara, você tem 3 atendimentos hoje.

***

— Ah, então é por isso que Dona está dando chiliques?

A mulher diz assim que entra no quarto.

— É, você não é de se jogar fora mesmo e tem um gostinho mais doce, sabendo que eu roubei você dela.

Arkin sente um frio na barriga ao ouvir o tom frio da voz da mulher elegante que o analisa.

— O que achou da minha "amiga"?

Arkin abre a boca para responder, mas não fala nada.

— Responde!

— Eu... acho ela maluca...

— Há! Você pode ser melhor que isso.

— Prefiro morrer a ficar nas mãos dela e dos seus amigos de novo.

A mulher sorri levemente.

— Isso não é uma decisão sua.

Arkin sabe que ela diz a verdade e abaixa a cabeça.

— Sinto um prazer especial em tirar o brinquedinho dela, por isso, se acostume, preencherei sua agenda sempre que estiver livre, mas acima de tudo você vai seguir minhas ordens o tempo todo daqui pra frente.

Arkin a olha confuso.

— Isso mesmo, vai receber outros clientes, vai atendê-los como eles exigirem, mas sempre sobre minha supervisão e sobre minhas ordens. Esse é o meu acordo com a casa.

Arkin sente um frio na barriga.

— Quando a Dona estiver aqui, você vai ficar no salão principal, quero que ela saiba que você está aqui, mas ela não vai conseguir te alcançar. Quero ela babando pelo brinquedo perdido.

Arkin engole em seco.

— Acredito que você já percebeu que seu nível de excitação aumentou e ele vai aumentar ainda mais... até ficar tão excitado e sensível que um simples toque o fará gemer e um leve tapa lhe fará urrar de dor e prazer. Quero você desesperado para gozar, quero você implorando por isso o tempo todo, mesmo quando não estiver atendendo.

A mulher dá uma pausa para que ele absorva o que ela diz.

— Sua rotina também vai mudar, quando não estiver atendendo ficará amarrado, com as mãos longe do seu corpo e longe de qualquer outra coisa com a qual possa conseguir qualquer alívio. Vai ter um plug no seu rabo sempre, quero que se sinta preenchido e incomodado com ele, quero que ele te cause dor a cada passo que você der junto com o desespero por alívio, mas o plug não servirá para isso.

Ela dá mais uma pausa e analisa a reação de Arkin, que tem o rosto tomado por uma expressão de medo.

— A você não será mais permitido se sentar confortavelmente, tudo o que usar daqui pra frente será para você sentir dor, vai dormir com uma trave entre suas pernas, vai se sentar em cavaletes triangulares. Não precisará mais de cama e nem usará mais a que tem no quarto, aliás ela vai ser substituída por uma grade de contenção rígida. Vai receber sua alimentação por um consolo e o chupará como uma mamadeira e quando ela não estiver sendo usada estará preenchida por um cabresto.

257-65Onde histórias criam vida. Descubra agora