Coelhinho

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— Ain, meu deus, como você é lindo!

Arkin leva um susto quando uma mulher entra praticamente gritando no quarto, com voz forçosamente infantil.

— Você é tudo o que eu tinha imaginado!

Ela para na frente do cavalete e se abaixa para ficar na mesma altura dele.

— Você é tão fofinho! Vamos brincar muito hoje, meu coelhinho!

Ela pega e aperta as bochechas de um Arkin chocado. A mulher veste uma roupa cheia de frufrus rosa claro que mais parece de uma boneca de porcelana, tem cara de ser novinha, mas pode ser só a maquiagem que usa que deixa seu rosto liso como plástico.

Ela arrasta uma mala de viagens para o meio do quarto e a abre, tirando várias coisas de lá de dentro, a maioria delas em pelúcia branca.

— Ainda bem que me passaram suas medidas, quero você mais lindo ainda! - Ela diz enquanto tira as coisas da mala.

Ela coloca uma tiara com orelhas de coelho felpudas em Arkin e grita de alegria, aproveita e coloca uma coleira larga e macia ao redor do seu pescoço, da mesma cor da pelúcia das orelhas. Ela dá a volta no cavalete e tira o consolo com cuidado.

— Coelhinho, vou colocar seu rabinho, tá?

Arkin só respira fundo, sente o gel, depois um plug grosso e longo entra em seu corpo até seu esfíncter abraçar a trava. Ele sente o incômodo do objeto grande em seu interior, mas ainda está com tanto tesão que não dá muita atenção para isso.

— Nossa, ficou muito fofo! Agora as patinhas.

A mulher solta primeiro seus pés e o veste com uma meia feita de pelúcia, depois coloca em suas mãos luvas sem dedos.

— Agora levanta, coelhinho, fica em pezinho para sua mamãe terminar de cuidar de você.

Ele se sente ridículo quando se levanta e sente a pelúcia em sua bunda.

— Ai, não gosto desse metal todo não, mas já vim preparada!

Ela mostra uma espécie de cueca também em pelúcia, com uma abertura atrás e Arkin arregala os olhos.

— A mamãe vai te ajudar a vestir.

Depois que ele veste, ela prende dois pequenos sinos em cada uma das argolas em seus mamilos com lacinhos rosas.

— Ainnnnn, que sonho! Agora fica agachado igual a um coelhinho.

Arkin obedece e ela dá um grito fino que machuca seus ouvidos.

— Só faltam duas coisas.

Ela pega na mala um consolo em formato de cenoura e enfia em sua boca.

— Sua cenourinha e... - Ela aperta um botão em um controle. - Pronto!

O plug passa a vibrar forte em seu interior e Arkin quase cai de costas.

— Se apoia direitinho no chão, mamãe não quer que você se machuque, coelhinho.

Arkin não conseguia acreditar que aquilo era de verdade, tinha passado nas mãos de pessoas com gostos muito estranhos, mas aquilo era muito absurdo para ele.

— Vem coelhinho, vamos tomar chá.

A mulher tira um jogo de chá rosa da mala e arruma sobre uma mesa baixa de centro, pega uma garrafa térmica da mala e serve duas xícaras com o líquido.

— Vem pulando, coelhinho. - ela chama e se senta no chão, sorrindo.

Arkin respira fundo e obedece.

257-65Onde histórias criam vida. Descubra agora