Capítulo 1

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Não sou um homem honrado, muito menos bondoso

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Não sou um homem honrado, muito menos bondoso. Aqueles que pensaram o contrário foram tolos. Essas honras não me convêm, tampouco as desejaria. Honra e bondade são virtudes para os ricos. Nós, os miseráveis que vivem na terra, procurando comida e um pouco de felicidade, não temos utilidade para tais requisitos.

A sobrevivência é conquistada apenas quando se passa por cima dos outros, protegendo a si mesmo, mesmo que seja necessário roubar, enganar ou até mesmo matar. E é assim que vivo minha vida, roubando dos ricos e divertindo os pobres.

A mulher ajoelhada aos meus pés me olhava como se eu fosse um deus, que lhe tivesse concedido um dos maiores prazeres da vida. Uma mulher tola, que mal sabia que, na verdade, eu era o diabo. Sua boca me engolia com fome, desesperada pela minha satisfação. Enquanto alguns estão com fome de comida, a duquesa estava faminta por prazer.

Minha mão apertava seus cabelos loiros com força, forçando sua cabeça contra mim, vendo-a sufocar enquanto a usava. Enganar e usar os mais ricos me dava prazer, e satisfazer suas esposas de maneira suja alimentava meus demônios. Meu corpo estava quente, minha excitação pulsava de desejo. Segurei seu rosto com meus dedos, vendo a duquesa de olhos fechados com a língua para fora, como uma verdadeira prostituta. Finalmente, meu prazer explodiu contra seu rosto, deixando-a suja.

— Vagabunda — incrédulo o duque olhava para o rosto de sua esposa.

— Enrico, eu... — a idiota mal conseguia formar uma frase, tentando limpar seu rosto.

— Seu palhaço sujo, eu te dei comida, dinheiro, o conforto da minha casa, e você me trai — disse ele, jogando seus sapatos.

— Foi sua esposa que traiu você. Pelo que sei, nós não somos casados — desviei dos sapatos arremessados enquanto arrumava minhas roupas. — E não seja mesquinho, sua esposa tem três buracos e você não quer dividir nenhum?

— Maldito — o homem correu até mim, e para evitá-lo, desviei dele, fazendo-o bater a cabeça na parede atrás de mim. Corri para a janela e pulei no telhado.

— Joker, me leve, você prometeu ser meu — a mulher corria atrás de mim, segurando o parapeito da janela.

Aproximei-me dela, abaixei-me à sua altura e cobri seu rosto com minhas mãos, dando-lhe um selar em sua boca.

— A única coisa que terá de mim é minha porra no seu rosto. De resto, não quero nunca mais ver a senhorita. Você gosta de usar os outros, então hoje será você a usada — disse, encarando seus olhos raivosos, e saí, deixando-a sozinha.

— Seu palhaço de merda, eu quero que você queime no inferno — ouvi seus gritos histéricos.

Pulei pelo telhado, corri até a carruagem do meu amigo e sentei ao seu lado, vendo-o acordar assustado.

— Vamos agora, Thomas — disse, olhando para trás para ver se o corno me perseguia.

Meu amigo bateu as cordas presas nos cavalos, fazendo a carroça ser puxada rapidamente pelos animais.

— O que diabos você fez, Joker? Oh Deus, não podemos passar uma semana sem fugas?

— Iríamos fugir de qualquer forma, mas a mulher dele adiantou as coisas.

— Você dormiu com ela? De novo? Você tem que comer todas as dondocas que vê pela frente? É algum fetiche? Sabe... — meu amigo logo terminou suas perguntas ao ver minha mão estendida com uma sacola cheia de joias e dinheiro.

— Isso nos deixa com total luxo por cinco meses. Saiba que as esposas sempre sabem onde está o dinheiro.

— Bastardo sortudo.

— Sortudo não, meu pau que sabe trabalhar. Malditas dondocas loucas por prazer, e corno... — ouvi um barulho alto em meus ouvidos, e o rangido da roda da carroça. Meu corpo foi jogado com força no chão sujo das ruas.

— Joker, eu irei te matar — olhei para o homem que estava a poucos passos de mim em seu cavalo, segurando uma espingarda.

— Falando no corno — disse, levantando e passando a mão na cabeça. — Pegue o dinheiro e corra, Thomas.

— Eu sabia que estava bom demais.

Corri pelas ruas e entrei na multidão, andando na lama, ouvindo os gritos e o barulho do galope do cavalo. Seus tiros começaram a ressoar, passando pelo meu corpo. Sorte que o corno era ruim de mira. Um pouco mais longe, Thomas desaparecia entre os outros, correndo com suas pernas curtas. Pulei uma das barracas, e ao ir para o meio da feira, senti uma fisgada no meu ombro e um barulho nos meus ouvidos.

Foi um tiro.

Meu sangue encharcou minhas roupas. Tentei levantar para fugir, corri sem rumo, sem ver em quem esbarrava. Antes que pudesse dar mais um passo, esbarrei em um pequeno corpo, fazendo-nos cair.

Senti algo embaixo de mim e mãos pequenas tentando se afastar. Apoiei-me nos cotovelos e encarei lindos olhos castanhos, vendo medo neles. Meu sangue respingava em sua pele pálida.

— Joker, levanta, vamos antes que eles te peguem. Os guardas foram chamados — Thomas gritou.

— Corra, Thomas, daqui a pouco eu te encontro — vi hesitação em seu corpo, mas logo ele desapareceu. Minha mão tocou o rosto da criatura abaixo de mim, sentindo sua pele, sua respiração. Meu sangue escorria por suas bochechas, marcando-a, causando-me um fascínio por cada parte de seu lindo rosto.

— Maldito — meu corpo se contraiu e vi que o Duque estava me segurando pelo colarinho. — Eu vou te matar.

— Em nome do rei, não se mexam — uma voz ecoou, fazendo-o parar.

— Este homem é um ladrão. Eu sou o Duque de Hastings. Este homem roubou meus bens e insultou a honra de minha esposa.

— Honra? Sua esposa não teve honra quando pediu pelo meu pau, e o senhor honre seus chifres.

— Eu vou te matar, diabo.

— Não, como soldado do rei, devo levar os prisioneiros para as masmorras do castelo, onde passarão por um júri, que determinará sua devida punição.

— Mas isso é injusto — o Duque tentou me pegar, mas os guardas me amarraram e começaram a me levar embora. — Não importa, vou me vingar, vou me vingar.

— Entre na fila, querido. Mande um beijo para a duquesa. Se quiser se lembrar de mim, é só beijá-la. Acho que ela ainda tem minha porra nos lábios.

O homem gritou de raiva e subiu em seu cavalo, sumindo pela multidão. Homens me puxaram pela corda e me conduziram para minha nova casa, mas só conseguia pensar na querida dama que conheci.

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