Capítulo 13

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Joker me arrasta para fora do labirinto e além do jardim

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Joker me arrasta para fora do labirinto e além do jardim. Os guardas estão ocupados demais com o baile para vigiar os cavalos.

— Não sei como me sinto em relação a isso.

— Tudo bem, assim é melhor para mim.— seu sorriso é mais aberto e sincero do que antes, como se apenas a ideia de ser livre por uma noite pudesse mudar a aura maliciosa dele.

Joker me segura pela cintura e me levanta. Realmente me levanta. Não sei como seus braços podem ser tão fortes, mas quando percebo estou em cima do cavalo, meu vestido ocupa todo o dorso do animal, mas consigo enganchar um dos pés na cela.

Eu apanho as rédeas, mas quando me dou conta, Joker sobe atrás de mim.

— O que está fazendo?— eu me assusto.

— Se segure, princesa.Vamos ganhar muita velocidade.

Eu sei que ele avisou, mas eu jamais estaria preparada para isso. Joker grita e bate as redeas várias vezes enquanto o cavalo corre, atingindo a velocidade máxima que suas patas e cascos conseguem atingir.

Coloco minhas costas contra o peito dele e fecho meus olhos, se derraparmos e o cavalo cair, não vai ser bonito. 

Mas a adrenalina no meu estômago me deia cada vez mais ansiosa, apesar do medo, estou rindo e não sei por quê.

Dura vários minutos até que a velocidade diminui.

Essa era a primeira vez que eu saia do castelo desde o dia em que conheci Joke, e definitivamente, a primeira que aparecia no reino sem meu disfarce de criada.

Não estou preparada para isso.

Joker para no meio da praça aberta. De dia, aquele lugar abrigava a feira com inúmeras barracas a céu aberto, mas com a noite, todos haviam se recolhido.

— Venha, princesa.— Joker saltou e estendeu os braços para mim.— vou ajudá-la a descer.

— Parece deserto.— falo baixinho.

—Nem sempre foi assim.— ele me oferece o braço e eu o seguro enquanto caminhamos. — festas no castelo era sinônimo de festas no reino todo.

— O que houve?

Ele ri sem humor.

— Já viu festas sem comida?

Suas palavras são um baque que eu já esperava.

— Acreditaria se eu dissesse, que a fome do povo dói em mim também.

— Porque eu não acreditaria?— ele parou em frente a um dos poucos lugares com luz acesa e dentro vinha uma música animada.— eu vejo você, princesa. Sei o que você almeja.

— Que lugar é esse?

— Uma taverna.— ele sorri, mais travesso e desafiador.

— Nem pensar, eu sou uma dama e uma princesa. Não posso entrar em um lugar assim.

— Lembre-se de sua dívida, eu quero o seu prazer.

Eu rio alto, totalmente incrédula com o que ele está propondo.

— Está louco se acha que terei prazer visitando um antro de prostitutas e ladrões.

Joker está sério pela primeira vez na vida, apenas absorvendo complacente o que eu disse.

— Sinto lhe informar, querida Joanne, que a fama dessa taverna não condiz com a realidade.

— E o que isso quer dizer?

— Bem, entre e verá.

Joker aponta teatralmente para a porta da taverna, me dando as boas-vindas ao lugar. Eu não tinha certeza se devia estar fazendo isso, mas com certeza, não estava em mim recusar um desafio.

Me viro para a entrada e sinto suas mãos apoiando-se em meus quadris. É tão invasivo e errado. 

Deus me perdoe, mas me lembrar de como ele me tomou em seus braços no labirinto, sua boca, a língua em meu pescoço e ombros, me faz sentir coisas que nem mesmo sonhei.

Então outro pensamento vem à tona. Eu devia estar me sentindo assim com Henry, afinal, a noite de hoje é para ele, para o nosso noivado.

— Eu não posso.

Me viro para ir embora, mas sou agarrada e Joker me coloca em seus ombros, sinto a porta da taverna se abrir com um empurrão do meu traseiro e então tudo muda.

Os cheiros, os sons, as cores. Aquele era outro mundo.

Joker me dá um tapa no traseiro que me enche de vergonha e raiva.

— Entrega real. — ele diz alto enquanto me desce.

Eu o empurro, olho em volta para todos aqueles olhares curiosos e até a música para, dou alguns passos para trás, me aproximando da saída como se fugisse de um animal perigoso, com cautela. Minhas costas batem em algo e a contar pela protuberância na altura da minha lombar, é Joker.

— Não vai dizer nada? Você é a atração.— ele sussurra em meus ouvidos.

— Estão todos olhando para mim. Isso é desconfortável.

— Agora sabe como eu me sinto.

Ele me dá um leve empurrão, eu tropeço e acabo indo quase um metro para frente.

Um homem de meia-idade, parado com o esfregão na mão diante de uma poça, começa a se curvar lentamente para uma reverência, de cabeça baixa, ele espera. Ao redor do salão, homens, mulheres e até crianças, começam a se curvar para mim.

Eu olho para Joker, buscando auxílio, ele está sério e me encarando com olhos sombrios, também se inclina.

Não era isso que eu queria. Jamais pagaria minha dívida com ele sendo reverenciada dessa maneira.

A cada dia me sentindo menos princesa e mais uma diplomata. Mas não posso fugir do que eu sou.

A raiva crescer enquanto penso no que fazer, uma nota escapa do alaúde e me viro para o canto, sabendo exatamente o que fazer.

— Bardo? Toque para sua princesa..

Ele assimila muito rápido o que eu disse e em segundos a música cresce e se anima em seu instrumento. As notas me encantam completamente e aos poucos, o público se levanta, alguns ainda atordoados e completamente confusos.

Eu sorrio para o bardo que começa a cantar, não posso tirar os olhos dele, parece tão livre, seu sorriso aberto combinando com os olhos de azul profundo, eu quero ir até ele e dançar a sua música, chego a dar um passo.

Sou trazida de volta quando Joker agarra minha cintura e me vira para ele.

— Não.— ele repreende me fazendo gargalhar - você é minha, Princesa Joanne.

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Olá, seja bem vindo a nossa história tomare que esteja gostando, por favor lembrem-se de curtir nossos capítulos, assim iremos atualizar a nossa história, quero agradecer de novo CadeiraDeRodasDaSN que vem nos acompanhando, e a aninha050607 que marotonou nossa história, amo todos vocês até segunda.

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