"Começo de uma investigação"

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-Pov Wednesday-

O filme começa e em poucos minutos tem a primeira morte e ao olhar pro lado eu vejo Enid com os olhos arregalados de medo. Um tempo depois acontece uma cena que dá um grande susto em Enid, ela da um pulo e se abraça a mim, eu fico sem reação mas, quando ela percebe ela me solta e deu para perceber que ela ficou corada.

[...]

O filme acaba e eu e Enid separamos nossas camas e arrumamos as coisa que estavam em cima das camas. Depois de arrumar tudo eu ainda não estou com sono e decido ir até a sacada. Ao chegar na sacada eu me encosto no parapeito, um tempo depois Enid vem até a sacada e fica do meu lado.

Gostei de assistir o filme com você. Só não foi mil maravilhas por causa que era de terror- ela fala e da uma risadinha.

Você é muito medrosa, aquele filme nem é muito pesado.- eu falo virando para o lado para olhar para ela.

Ela se vira e nós ficamos nos olhando, não sei quanto tempo se passou, se foram segundos ou minutos, ou até mesmo horas. Eu não conseguia desviar o olhar, e já é milésima que se passa pela minha mente o quanto os olhos dela são lindos. É aquele par de olhos que me deixam anestesiada mas, estou longe de admitir isso.

Depois de um tempo ela fica corada e desvia o olhar, ela volta a olhar para o céu e eu também e o que mais estava atormentando a minha mente era o que fazer com esse sentimento. Eu nunca senti algo assim mas, com ela é inevitável não sentir tudo isso e eu já entendi que não vou conseguir me desfazer desse sentimento.

Eu quero que seja sincera comigo, você tá gostando de alguém?- ela se pronuncia depois de um tempo sem falar.

Por que quer saber disso?- eu pergunto sem entender o interesse dela nesse assunto.

Não se responde uma pergunta com outra pergunta, Wednesday.- ela fala com um tom de voz sério.

Eu sei mas, eu não entendo o porque você quer saber disso.- eu digo e me viro para olhar para ela e ela também se vira e olha para mim.

Você e minha amiga e eu queria saber mais, agora me responda.- ela diz ainda com um tom de voz sério e também meio autoritário.

Talvez, apenas talvez.- eu falo omitindo. Por incrível que pareça eu já me conformei que gosto dela.

Após a minha fala o olhar dela fica meio triste e ela volta a olhar para o céu. "Mal ela sabe que é dela que eu gosto".

Qual é o nome dele?- ela pergunta demostrando um pouco de tristeza na voz "por que ela ficou triste?"

Em momento nenhum eu disse que era homem.- falo com a maior naturalidade do mundo. Já faz tempo que eu me descobri bissexual e isso já não é algo que eu luto contra.

Uou, por essa eu não esperava. Então reformulando minha pergunta, qual é o nome dela?- ela fala e da para perceber que ela não está mais tão incomodada com o assunto.

Não vou dizer.- eu digo e ela volta a olhar para mim.

Sério. Fala vai, por favor.- ela fala com um olhar suplicante.

Não vou dizer e pronto. Agora vamos dormir, já está tarde e está ficando frio.- eu falo me afastando do parapeito da sacada e entrando no quarto e logo em seguida Enid entra também.

Eu me deito na minha cama e me vira para o lado contrário e escuto Enid se deitar na cama dela. Eu fecho os olhos e novamente a imagem do corpo quase nu de Enid vem em minha mente. "Por que eu ainda estou com isso na minha mente?"

Boa noite, Wed.- ela fala com a voz doce.

Boa noite, lobinha.- eu falo mas, quando eu percebo que falei "lobinha" em vez de Enid eu sinto minhas bochechas esquentarem.

A Luz Entre As Trevas- Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora