Devil Eyes (+18)

Cap 4

Acordei deitado no sofá com uma luz forte em meu rosto, peguei uma das almofadas e cobri meu rosto. Sinto uma mão agarrar a almofada de meu rosto, Asher joga a almofada no chão e fica parado a minha frente de pé.

- Que horas são? - pergunto tampando meu rosto com os braços.

- 05:30. Levante ou vai perder sua chance de fugir. - ele se agacha para ficar na altura de meu rosto no sofá.

A sala fica um minuto em silêncio só com o som abafado dos pássaros cantando ao fundo.

Ele estica uma de suas mãos e tira meus braços de meu rosto.

- Quer que eu te acorde de outro jeito? - eu estava com os olhos fechados quase dormindo que nem ouvi sua vós.

Ele se levanta e sobe em cima do sofá praticamente se jogando em cima de mim, eu desperto quase que imediatamente tentando me levantar sem sucesso.

- Sai de cima de mim! - eu grito.

- Não - ele fala com um sorriso largo em seu rosto.

Eu desisto e paro de me mexer em derrota.

- Já desistiu? - ele levanta seus dois braços apoiando cada mão em um lado de minha cabeça ficando cara a cara comigo.

- Por que você me irrita tanto? - eu pergunto.

- Eu não te irrito muito, você que se irrita fácil. - ele ri logo em seguida. Eu faço cara de deboche, e ele diz em seguida - eu tô brincando. - ele da um sorriso de canto em quanto analisa cuidadosamente cada centímetro de meu rosto com os olhos e se levanta logo em seguida.

- Acho melhor se levantar também ou vou fechar a porta. - ele vai até a porta e fica encostado no batente da porta.

Eu me levanto com preguiça mas determinado, vou em direção a porta, antes que eu pudesse sair ele me segura pelo braço.

- Em duas horas irei te procurar caso não tenha achado a saída. Eu conheço essa floresta como a palma da minha mão - ele me solta - Boa sorte.

Alguns minutos depois, eu estava perdido na floresta, como da primeira vez que estivera lá.

Parecia tão simples ter chegado a sua casa, mas era um labirinto tentar voltar para a estrada, parecia que eu estava andando em círculos.

Em quanto caminhava, minha cabeça estava cheia de perguntas e pensamentos sobre Asher. Ele me observava todos os dias da minha vida nesses anos, aparentemente ele conhece boa parte de minha vida, mas, é muita coincidência meu carro quebrar justo nessa parte da estrada. Será que ele armou para mim?

Quando esse pensamento atinge minha mente, sinto um medo terrível percorrer meu corpo, se ele pode matar alguém, quebrar meu carro não deve ser nada comparado as coisas terríveis que ele pode ter feito.

Paro em uma árvore que tenho certeza ter visto ela pelo menos cinco vezes, esfrego minha cabeça para afastar meus pensamentos, não sabia se pela fome ou pelo sono, mas estava ficando com dor de cabeça.

Passou se mais uma longa hora, e nada de estrada ou barulhos de carros. Mesmo cedo, o sol não dava misericórdia, estava começando a esquentar.

Eu estava usando uma blusa preta e uma calça de moletom que Asher havia me dado, tirei a camiseta e coloquei ela sobre meu ombro na esperança de amenizar o calor.

Poucos minutos depois caminhando, escuto um barulho de trovão e olho para o céu e vejo nuvens cinzas e escuras em voz do sol, a menos de dez minutos atrás eu estava quase pegando fogo, de onde essas nuvens vieram?

Coloquei minha camiseta de novo, senti um vento frio e gelado passar por mim balançando meu cabelo e minhas roupas. Quando olho novamente para o céu, começo a sentir gotas de água caírem lentamente sobre minha pele e minhas roupas.