capitulo 10

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Uma possível fuga?

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O amor pode nos levar a loucura mesmo?

...

Após 3 dias mantidas em cativeiro, sendo vigiada constantemente, com a mesma rotina de sempre, troca de curativos, comida, banho, ficar trancada, aturar sanzu e dormir, decidi por mim mesma que iria tentar fujir.

- sanzu? - chamei o homem que se aposava na janela.

- sim, querida kimi? - o rosado veio diretamente em minha direção, se sentando na cama enquanto coloca uma das mãos em meu queixo.

- eu posso tomar um ar, me sinto enjoada... - isso me deu uma ótima idéia, cogitei na possibilidade de dar certo fingir uma gravidez.

- sabe que não posso, docinho. - sorriu enquanto acariciava o topo de minha cabeça.

- eu estou grávida. - falei séria olhando para baixo, precisava ao máximo finjir para que não levantasse suspeitas - eu preciso comer algo que não seje essas porcarias.

- O QUE! - ouvi um grito alto no meu ouvido - você ta louca? Como isso aconteceu? Por que não se previniu? Porra! Porra! Porra! - vi sanzu dar socos na escrivaninha ao meu lado enquanto andava para os lados furioso.

Pude sentir meu corpo adormecer, tremi com sua reação, não tinha pensado que isso o irritaria tão profundo.

- quem é a merda do pai, kimi? - ele agachou enquanto eu estava paralisada sentada na ponta da cama, olhou profundamente em meus olhos penetrando até a alma, a raiva em seus olhos era notória, ele ficaria louco. - RESPONDE PORRA!

- d-draken... - fechei os olhos de medo e agarrei meu vestido.

- tsc - seu estalar era ouvido, vi sua lingua passar dentro da bochecha, seu rosto virou de lado e uma risada sarcástica foi dada. - vocês realmente transaram... - o vi levantando. - levanta porra.

- o que vai fazer comigo? - encolhi.

- LEVANTA CARALHO! - sanzu puxou meu pulso bruscamente, me jogou ao chão, bati a costas na quina da cama e choraminguei de dor. - eu vou te levar pra sair, com uma condição, se pensar em fugir, planejar ou tentar, eu não me importo em dar um tiro nessa criança, você me entendeu? - assenti com a cabeça - você tem 5 minutos pra se arrumar. - o mesmo saiu do quarto.

Passei a mão nas costas, estava dolorido, era a única mentira que poderia dar já que ele sabia que eu e Draken ficamos próximos.
Me levantei com dificuldade, apoiando aos poucos nos móveis, pude notar que minhas pernas enfraqueceram devido a pancada.

...

- ta pronta? - vi sanzu com um terno entrar sem bater na porta.

- estou. - andei mancando com a mão na cintura. - vamos...

- o que houve com você? Se te verem assim suspeitarão do sequestro. - o alto me observava caloroso.

- na hora que me empurrou eu bati as costas... acho que foi forte o suficiente pra dar falta de movimentos nas pernas...- o vi suspirar fundo.

Sanzu se aproximou, agarrou minha cintura e me olhou nos meus olhos.

- eu peço desculpas, amor. - seus lábios rosados estavam molhados pela saliva. - é difícil ver quem eu amo ter engravidado de outro cara. - seu rosto virou.

Encostei minha cabeça em seu peito como forma de abraço.

- eu sei que me ama, mas precisa me deixar ir... - falei sem pensar.

- eu queria poder fazer isso... - sanzu me abraçou - agora vamos.

...

Meus pulsos e tornozelos foram amarrados, me colocaram no porta-malas, provavelmente para não fugir.

...

Ouvi o carro parando, barulho de portas batendo e passos em minha direção, Kisaki abria o porta-malas e me desamarrava.

- 17, na mira? - o vi colocando a mão em um aparelho auditivo. - caso ela hesitar, a mate.

Estremeci de medo, como eu iria fugir?
Senti a mão de sanzu em minha cintura, ele sorria gentilmente enquanto me ajudava a andar.

- aqui é um dos maiores shoppings do Japão, tem comida pra caralho, hoje pode aproveitar. - seu hálito fresco atingia minhas narinas.

- obrigado. - sorri forçadamente, por mais que ele fosse bom, não tirava o fato que era um lunático psicopata pronto pra me matar a qualquer momento.

Andamos até o local, sentei em uma praça de alimentação e pedi comidas diversas.
Devorei toda refeição em pouco tempo, estava faminta por algo assim, havia dias que não comia nada de diferente a não ser arroz e lamen.
Os dois homens me encaravam surpresos ao ver minha selvageria.

- o que foi? - falei de boca cheia.

- como você come hein - kisaki ria ironicamente.

- ela tá gravida, o bebe precisa de comida. - me senti um pouco mal ao ver a preocupação de sanzu com o meu suposto "bebe".

Como poderia fugir? Sair correndo? Gritar? Eu seria morta do mesmo jeito, eles não são do tipo que se importam com o público ao redor, seria um tiro e meu cérebro não funcionaria mais.
Até que tive uma ideia.

- eu preciso vomitar! - coloquei as mãos na boca fazendo som de ânsia.

- porra não vomite aqui! Vai no banheiro! - kisaki virava o rosto - guarda, vigie ela.

- sim senhor. - o homem me acompanhava ao banheiro. - ficarei de olho, garota.

- não invada o banheiro de uma mulher, seu tarado! - o homem se corou e ficou nervoso.

- não olharei!

Entrei no banheiro feminino, havia inúmeras cabines e ninguém dentro. Corri para uma delas e comecei a pensar no que faria.

Sai de fininho e olhei ao redor, uma janela! Empurrei rapidamente a lata de lixo e subi em cima.

- que barulho foi esse, garota? - o homem dizia.

- eu to me sentindo tão tonta, cof cof - fazia barulhos de vomito.

- eca, tampa essa porta!

Me apressei rapidamente e passei pelo vão da janela.
Era alto, mas decidi arriscar. Pulei e cai em um monte de sacos de lixo, uma das sacolas havia vidro, acabei me ferindo um pouco.

Comecei a correr e mancar, sem saber onde estava ou o que fazer. Um beco escuro era predominante.

- porra como você deixou ela fugir??? - ouvi gritos sendo emitidos da janela que eu já estava longe.

Ouvi passos correndo atrás de mim, não.. não por favor... Corri desesperadamente, até que...

Uma mão é colocada na minha boca e a outra na minha cintura, um homem encapuzado me puxou para o canto da parede e olhou para o lado.

- hum...humm!!! - tentei gritar.

- cala boca porra! - vi sanzu correr sem ter me avistado.

Sua mão era soltada da minha boca, virei nervosa e tentei socar-lo. Minha mão é segurada e logo o vi.

- d-draken...? - arregalei os olhos incrédula. Não acredito que ele veio atrás de mim mesmo sabendo que estava sob vigia de armas.

- eu não deixaria isso tão barato, mikey, liga a moto! - vi pessoas de sua gangue preparados pra fugir. - vamos kimi!

Subi na moto e abracei Draken enquanto chorava pelo choque.

...

o que é o amor? | Draken | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora