Flagradas

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Wanda Pov

- E aí? Tão de boas? - Yelena perguntou apontando com a cabeça em direção a nossas mãos entrelaçadas.

Olhei para nossas mãos em seguida olhei pra Yelena que sinalizei confirmação com a cabeça. Respirei fundo e falei a frase que eu realmente não queria dizer no momento, mas era preciso.

- Vou indo nessa meninas, amanhã tenho fisioterapia bem cedo.

- Oun. - Natasha expressou tristeza. - Tudo bem, você vai embora de quer?

- Uber, não posso dirigir com esse troço aqui. - falei apontando para minha perna.

- Eu te levo então. - Ela indagou com a voz meio triste ao olhar para minha perna em seguida olhou em meus olhos. - E não fala que não precisa, eu quero fazer isso.

Acenei concordando com a cabeça.

Após me despedir de Yelena seguimos pro elevador, enquanto esperava o elevador subir não sabia o que falar, a ansiedade já tomava conta de todo meu corpo e então senti ela entrelaçar nossos dedos, olhei pra ela tímida e dei um leve sorriso e ela retribuiu.

O elevador chegou, e com ele, uma onda de nervosismo tomou conta de mim. Natasha permaneceu em silêncio por um momento, mas depois que as portas se fecharam completamente, ela se aproximou, olhando nos meus olhos com um olhar terno.

- Wan, você não precisa ir se não quiser. - Ela disse passando o polegar em meu rosto. - Eu adoraria que você ficasse. - Ela sussurrou suavemente, como se temesse que alguém pudesse nos ouvir.

Senti meu coração acelerar e meus lábios tremerem. Natasha inclinou-se e me beijou com suavidade, com a mão ainda em meu rosto alisando minha bochecha com o polegar ela aprofundou o beijo. um beijo que transmitia todo o carinho e afeto que sentia por mim. Os segundos pareciam eternos enquanto nossos lábios se encontravam. Quando finalmente nos separamos, eu estava sem fôlego.

- Eu adoraria ficar, mas preciso realmente tá cedo no médico. - Respondi com um tom lamentavel. O elevador descia lentamente, e o mundo lá fora parecia distante e esquecido.

(...)

Natasha Pov

- Natasha eu preciso de um... AÍ MEUDEUS, AÍ MEUDEUS! Merda, merda, merda!- Yelena tinha o costume de entrar sem bater, e naquele momento, a expressão em seu rosto foi uma mistura de choque e diversão quando nos pegou no flagra.

- EU JÁ AVISEI PRA VOCÊ APRENDER BATER! - Gritei  segurando o riso e a vergonha.

Observei uma Yelena confusa sem saber se entrava ou saia do quarto, ela deu umas três voltas e saiu fechando a porta por trás de si. Aquela cena hilária marcaria o começo de uma jornada inesquecível para todas nós.
Enquanto isso Wanda afundava o rosto no travesseiro logo após ter se jogado de cima de mim por vergonha de ter sido flagrada. Eu apenas ri de toda situação.

- Querida, ela já foi. - Falei tentando arrancar Wanda da toca que havia se enfiado.

- Que vergonha, como vou olhar pra cara dela depois disso? - Wanda falava com o rosto ainda afundado no travesseiro. - Você acha que ela viu algo?

- Você foi bem rápida ao se jogar aí, vamos fingir que ela não viu. - falei alisando suas costas nua. No fundo eu sabia que Yelena ia zoar Wanda na primeira oportunidade por isso, mas não podia revelar isso agora.

- Nat. - Ela levanta a cabeça do travesseiro. Murmurei um hm, - Ela vai me zoar por isso não vai?

- Vai, muito provavelmente. - Sorri ao ver sua reação afundando novamente a cara no travesseiro. - Tá tudo bem, a gente acha um jeito de perturba-lá também, agora vem cá. - A puxei para um abraço.

Mesa 28 - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora