26. dune

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"Um gesto de desespero me seduz

Como se dissesse que eu posso fugir

Fugir, fugir para longe"


– Woo, aqui não! – eu acho que só finjo que estou empurrando as mãos de Wooyoung do meu corpo, mas de algum jeito estou todo inclinado para ele enquanto ele beija cada canto que consegue alcançar do meu pescoço.

– Aqui então? – ele traz o rosto para cima e beija minha boca com um sorrisinho safado que me derrete inteiro.

– Eu q-quis dizer... Aqui nesse lugar não. – reclamo, mas ele não me leva à sério porque estou rindo de olhos fechados aproveitando o toque dos seus lábios cheios se arrastando pela minha pele.

– Não é como se fosse a primeira vez. – Wooyoung murmura rindo também, e eu me lembro do nosso primeiro beijo de verdade ali na coxia, no escuro, em cima da cômoda... Parece que faz muito tempo agora, mas ainda me pego duvidando se isso é real.

Ele está realmente comigo? Ele realmente quer ficar comigo?

Como se estivesse lendo meus pensamentos, Wooyoung morde minha orelha e me aperta mais entre os braços, me provocando cócegas e me deixando sem ar.

– Aish! Espera! – o empurro rindo e fujo para o lado oposto da sala, estendendo uma mão em frente ao corpo como que para manter a distância, mas quando o encaro de novo sei que não vou resistir por muito tempo.

Wooyoung está lindo. A luz fraca da sala não me impede de ver as bochechas coradas e o sorriso faceiro brincando no rosto. O cabelo preto e loiro bagunçado e a respiração um pouco ofegante lhe conferem um ar ainda mais sexy e eu suspiro, porque perdi a batalha contra a sanidade e se ele me pedir qualquer coisa agora eu não vou ter forças para negar.

– Ok. Eu paro. – ele levanta as mãos em rendição e fecha os olhos só por um segundo, recuperando o fôlego.

– Pára? – sua sentença repentina faz minha voz soar esganiçada quando a pergunta escapa dos meus lábios.

– Não é pra parar? – ele é o dono do sorriso mais sacana de toda a Coréia e sabe disso, mas eu mordo o lábio tentando me conter e me fazer de difícil.

– É.

Minha resposta soa mais como uma pergunta e isso faz Wooyoung gargalhar e sacudir a cabeça antes de vir em minha direção novamente. As mãos alcançando minha cintura e me puxando para si.

– Só mais um beijo, então. Um beijo de verdade. – ele pede e eu sorrio confirmando porque essa batalha já estava perdida desde o começo.

Escorrego as mãos dos seus braços em volta de mim até seus ombros, e sou preguiçoso de propósito para alcançar sua nuca e enfiar meus dedos entre seus cabelos. Gosto de como ele fecha os olhos e prende a respiração enquanto sente o carinho entre os fios e inclino o rosto só para beijar o maxilar bonito e marcado. Woo sorri. Aquele sorriso sacana. Então eu dou um selinho muito leve em seus lábios e ele os entreabre esperando por mais. Capturo seu lábio inferior, devagar demais, e deixo minha língua sentir a textura enquanto o sugo, sem fechar os olhos, porque não quero perder sua expressão.

Ele aperta minha cintura quando eu me afasto minimamente para observá-lo, e eu sorrio satisfeito com a expressão perdida em seu rosto.

– Não me tortura, Choi San. – Woo sussurra com a voz quase embriagada e abre os olhos pra mim. Um brilho bonito enfeita seu olhar e eu quero emoldurá-lo na parede do meu quarto.

FEVER || woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora