Primeira missão

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A viagem foi bem tranquila. Não conversamos durante a viagem, estava nervoso com o que me aguardaria nos dias seguintes. Observava pela janela a estrada imerso em meus pensamentos.

Me lembro da notícia que Kunikuzushi estava lendo pouco tempo atrás, como o sequestrador levou a criança em pleno luz do dia? As outras crianças não viram nada? Nenhum homem estranho espreitando entre elas? Talvez pela sua inocência elas não saibam identificar um inimigo de um amigo, não conseguem ver más intenções nas pessoas com seus olhos meigos e inocentes. Mas não teria nenhum adulto em volta que tenha visto? Isso tudo soa muito estranho, a garota não teria gritado se fosse agarrada? Talvez ele tenha usado um pano que continha boa noite cinderela...

Escuto então Kunikuzushi pigarrear, olho para ele e vejo seu semblante sério. Parecia tão imerso em seus pensamentos tanto quanto eu. Fico pensando no que se passa em sua mente, conhecendo ele como conheço ele deve estar pensando naquele sequestro. Volto então o meu olhar para a janela.

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Após uma meia hora de viagem, vejo que chegamos ao local. O homem foi com o carro até ao grande portão à nossa frente, ele para então em uma biometria de rosto. E após alguns segundos os portões se abrem.

O lugar era extremamente grande. Seguimos em frente, passando por uma série de edifícios e instalações bem iluminadas, cada uma com uma finalidade diferente. O motorista seguia em frente adentrando mais no local.

— Estarei levando vocês até seu novo apartamento, todos os agentes têm seus apartamentos. Todos dividem o apartamento com um outro colega e com vocês não será diferente, irão morar juntos.

Finalmente, paramos diante de um edifício elegante, com varandas que ofereciam uma vista deslumbrante da área circundante. Ao adentrar o apartamento designado para nós, fomos recebidos por um espaço moderno e bem mobiliado.

— Nossa, quem diria ein. Esse lugar é incrível! — digo me jogando no sofá macio — Acho que agora sei por que você queria tanto vir para a máfia. Ter todas essas coisas aqui de graça!

— Claro, só custa sua vida nas missões — Kuni diz logo chutando minha mala para dentro do apartamento, solto um longo suspiro.

— Para de ser um estraga prazeres uma vez na vida que tal? — Olho pra ele com desânimo.

— É o meu jeitinho — ele pende sua cabeça para o lado e solta um sorrisinho — é inevitável.

— Agh, como pude aguentar você por tanto tempo, nem aqui me livro de você

— Ficou junto comigo por sua incompetência de investigar a vida dos alvos, então Diluc me pôs com você.

— INCOMPETÊNCIA MINHA?! VOCÊ QUE ERA RUIM COM ARMA DE FOGO CERTEZA, NUNCA VI VOCÊ ATIRAR EM UM ALVO

— PRA SUA INFORMAÇÃO EU— Kuni para no meio da frase após escutar a porta se abrindo, olhamos para ela e vemos um garoto de cabelos brancos com uma mecha em vermelho, ele olhava para nós surpreso.

— Desculpa por entrar assim, eu bati na porta várias vezes mas ninguém me respondeu... Eu estou atrapalhando?

— Não. — falamos ao mesmo tempo.

— Você veio dar as boas vindas ou o que? — Kuni diz cruzando seus braços.

— Bom... Não foi bem por isso, mas seria muito grosseiro da minha parte se eu pelo menos não me apresentasse, me chamo Kazuha e vocês?

— Kunikuzushi, e esse Ed Sheeran sem barba versão do Paraguai é o Childe.

— VERSÃO O QUE?! EU NÃO TENHO NADA A VER COM ELE! — Digo indignado, eu não me pareço em nada com ele além do cabelo ruivo!

The hunt for the evil doctorOnde histórias criam vida. Descubra agora