Belas Criaturas (fanfic Lady Dimitrescu)

Rotas de Fuga

Olá, peço perdão pela demora.

Por favor relevem qualquer errinho, eu acabei de postar agora mas qualquer coisa farei as correções necessárias.

**** Cenas e diálogos em referência ao filme Resident Evil - O Hóspede Maldito, do qual Alice é personagem principal****

Espero que gostem, por favor, comentem.

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O tempo pareceu se esticar de modo desconfortável, como se estivesse passando mais devagar de forma proposital só para manter o suspense em que estavam inseridos; cada vez que viravam em um novo corredor havia a chance de encontrar algo inesperado e possivelmente assassino, agora que descobriu a fonte era fácil para Ava sentir o cheiro de carne que começava a apodrecer e também o odor de ferro que parecia predominar no ar, o sangue que se espalhava pela Colmeia parecia impregnado em suas narinas.

Não precisava se comunicar verbalmente com os outros para saber que todos estavam em alerta máximo para a necessidade de precisarem lutar por suas vidas, ainda assim tentava manter um olho sobre a novata em seu grupo; com Kaplan sob seu controle não havia o que temer, mas ele já era carta fora do baralho desde o começo, já havia sido mordido e se a inteligência artificial estava correta – e Ava acreditava que sim -, ele já estava infectado e além de qualquer salvação. Ainda assim mantê-lo seria bastante útil enquanto fosse necessário, depois poderiam se livrar dele; a garota era diferente, ela parecia conhecer aquele lugar e ter mais informações do que eles próprios sobre a Umbrella.

Isso não significava que Ava confiava nela, pelo contrário, achava que era um ótimo motivo para não confiar.

Humana ou não, ela estava trancada por um motivo, assim como eles próprios estavam trancados antes. E se estava viva, significava que a IA resolveu mantê-la também.

- Sabe, Loirinha, quase posso te ouvir pensar. Quer compartilhar comigo?

Até a voz dela era irritante. Não exatamente a voz mas o tom que usava, como se realmente soubesse de tudo e estivesse se divertindo às suas custas.

- Vamos lá, eu sei que tá doida pra fazer milhares de perguntas.

Como Ava não respondeu, Elyna agarrou seu braço para fazê-la parar, o que por si só foi uma decisão bastante equivocada. Não estava acostumada a ser tocada daquela forma, contato físico não era algo a ser encorajado na Umbrella e Ava definitivamente não estaria começando por aquela criatura irritante; agarrou o pulso de Elyna e o torceu com força o suficiente para quebrar, isso se ela fosse uma humana comum, e a soltou no instante seguinte.

Todos pararam de andar e assistiram a cena, até mesmo o soldado ferido que pareceu meio abobado.

- Pra que isso, Loirinha?!

- Não toque em mim. Nunca mais.

Para sua surpresa, Elyna pareceu realmente arrependida e não era como se sua reação a tivesse machucado, Ava não usou força o suficiente e ela não era tão frágil; ainda assim algo brilhou nos incomuns olhos cor de violeta, uma compreensão maior do que ela esperava encontrar por parte da outra garota.

- Não vou fazer isso, Loirinha.

Ava assentiu e voltaram a andar com as armas em punho. Eram soldados em campo, no meio de uma missão mortal, e uma distração poderia matá-los, mas Elyna parecia disposta a falar já que contato físico estava fora de cogitação.

- Eles me chamam de 3140, vocês tem um número também? – como ninguém respondeu, Elyna continuou: - Ok, entendi. Vocês tem sobrenome? Eu me lembro de muitas coisas antes daqui, por isso mantive meu nome e não me importo com o que eles ou a vadia vermelha digam!