Oie, gente. Dessa vez foi mais rápido né?
Quase 500 MIL LEITURAS por aqui, ia postar pra comemorar só quando atingisse mas não0 consegui segurar
Espero que gostem do capítulo, por favor, vão comentando pra eu saber o que acharam (risada diabólica) esperei muito por isso!
Boa leitura!
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Quando Elyna acordou aquela manhã estava sozinha no quarto. Nenhum sinal de Ava em canto algum, até se sentou no chão e esperou ouvir algum som vindo do banheiro minúsculo, o que não aconteceu; o silêncio só foi cortado pelos sons vindos do andar debaixo, passos e vozes pouco abafados pelas paredes finas.
Se levantou com alguma dificuldade após uma noite inteira dormindo no chão, usou a cama como apoio e se sentou no colchão fino; já tinha ficado em lugares piores, mas aquele estava longe de ser dos melhores.
Viu um papel amassado sobre a mesa de cabeceira e esfregou os olhos.
- Merda, Ava... Minha alma nem entrou no corpo direito!
Coçou os olhos mais uma vez, forçando a visão a entrar em foco, e leu o bilhete pelo menos três vezes antes de amaldiçoar Ava e sua cabeça dura por não acordá-la.
O relógio marcava dez da manhã, o que significava que Ava devia ter ido já há algum tempo e Elyna estivera cansada demais para notar sua saída. Uma rápida inspeção ao redor do quarto mostrou que as coisas de Ava não estavam ali, ela as havia levado por algum motivo, então começou a juntar as suas também.
Verificou tudo duas vezes antes de sair, e não se incomodou em olhar para trás. Se Ava achava que ficaria ali esperando até sabe-se lá que horas da noite, então estava muito negada, ou não conhecia Elyna tão bem assim.
A estadia estava paga com o restou do dinheiro que conseguiram de um trapaceiro em Brasov, por isso Elyna conseguiu sair sem que a dona da estalagem lhe lançasse mais do que um olhar curioso, parecendo feliz em ver a estrangeira esquisita indo embora; se Elyna não tivesse colocado os óculos escuros para disfarçar os olhos incomuns, provavelmente seria julgada como bruxa naquele fim de mundo.
Alcançou as ruas do vilarejo onde atraiu mais olhares, em um lugar como aquele seria conhecida como uma "forasteira" por pelo menos vinte anos; aquelas pessoas nasciam e morriam ali, se casavam com seus vizinhos e tinham filhos que, na maioria das vezes, preferiam ficar e casar com os filhos dos vizinhos. Não dava pra chegar e se fazer em casa, levaria décadas para que não a olhassem daquela forma e Elyna preferia sair dali o mais rápido possível.
Usou os últimos dez dólares (uma nota amassada e perdida no fundo do bolso), para fazer com que um vendedor apontasse a direção que Ava seguiu e mesmo sem o mapa estava confiante de que conseguiria encontrar o caminho, afinal de contas só precisava seguir reto na estrada até que se tornasse uma estrada de chão, e aí andar até não conseguir mais.
Seguiu pela estrada sem se importar com o sol, mas algumas nuvens se formando no horizonte chamaram sua atenção; embora não parecesse iminente, com certeza iria chover mais tarde e precisaria encontrar um abrigo, mas isso só depois de encontrar Ava e conferir se estava em segurança.
Não era só sobre estar apaixonada, havia feito uma promessa silenciosa de que cuidaria dela durante todo o caminho e, se fosse preciso, devolvê-la em segurança para Claire.
No fundo Elyna sabia que Ava jamais se sentiria da mesma forma em relação a ela, a garota tinha seus próprios meios de demonstrar sentimentos e estava bem com isso, mas ser largada para trás já era demais.
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Belas Criaturas (fanfic Lady Dimitrescu)
RomanceElla Lancaster é uma jovem caçadora vivendo uma vida difícil, sua família não é das melhores e a fome assola seu vilarejo. Ao descobrir que o pai pretende se livrar dos filhos, Ella não tem escolha a não ser fugir para a única pessoa em quem confia...