Capítulo Sete - Daemon

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Observo Mia de longe, ela está sentada em uma mesa revirando os olhos a cada mordida que dá no bolo.
Ela se levanta, e corro em sua direção e a puxo pelo braço. A levo para lugar mais afastado da festa, suas costas batem na parede.

— Está se divertindo, pequena?

— Novak.... o que você está fazendo? Eu tenho que voltar pra festa!

Ah se eu pudesse eu ficava a vida inteira aqui, neste momento apenas olhando para ela não precisaríamos falar nada.

— Não se preocupe. Te levo de volta antes que alguém sinta a sua falta. — digo pondo minha mão em sua cintura. — Vinho?

Ela aceita o vinho e bebe um gole.
Mia sorri. Não sei o motivo que causou ele, mas espero que ela continue fazendo isso.
Nunca pensei que pudesse amar tanto um sorriso, como amo o dela.

— Porquê está sorrindo? — pergunto curioso.

— Porque James Arthur é o meu cantor favorito e Say you won’t let go é uma das minhas músicas favoritas. — se você soubesse como você me surpreende a cada mísero segundo que passo com você, pequena.

— É fã do James Arthur?

Mia assente.

Estendo minha mão para ela.

— O quê?

— Sabe dançar? — pergunto, mas tenho certeza que ela sabe dançar.
Ela abre um sorriso travesso.

— Está duvidando de mim, Sr. Novak?

— Talvez. A não ser que me prove o contrário, Srta. Weilyn.

Ela finalmente aceita minha mão e se desenconta da parede.
Enlaço minha mão nela e começamos a dançar e ela a cantar.
Ela canta muito bem!
Há algo que essa garota não saiba fazer?
Quando a música termina estou sorrindo feito um idiota. Mas não consigo me conter quando estou com ela. E eu mal a conheço, mas sinto que a conheço a vida inteira.

— Além de dançar muito bem, você canta. Estou impressionado!

— Obrigada.

Ela pega a taça de vinho no chão e bebe tudo em um gole, e eu permaneço olhando para ela. Porque esta é uma das minhas partes favoritas desse momento.
Ela me olha de volta. Mas se olhar relaxado se tornou preocupado....

— Meu Deus! — Percorro meus olhos por todo o seu corpo para ver se ela se machucou ou algo do tipo. Mas não encontro nada, nenhuma mancha de sangue fico um pouco aliviado, mas ainda a olho nervoso. — Você queria. — isto não é uma pergunta. É uma afirmação como se ela soubesse o que eu queria. — E eu bebi tudo, desculpa. Não pense que sou mal educada porque não sou. Eu geralmente eu ofereço.

A preocupação que sentia a poucos segundos se foi, e foi substituída por uma risada! Quando acho que ela não pode me surpreender mais ela me vem com essa!
Jesus minha barriga está doendo. Com certeza ela vai ficar irritada por mim estar rindo dela, mas eu não consigo. Essa garota é.... não há nem palavras para descrevê-la, porque não há palavras suficientes.
Quando finalmente paro de ter essa crise de risos, digo:

— Eu não queria, não se preocupe. E eu nunca pensaria que você é mal educada. Nem que me paguem pra isso, pequena. — Eu estava sendo totalmente sincero, e torcia para ela perceber.

Ela solta o ar. Sua expressão se suaviza.

— Tenho que voltar. Mas, valeu pela dança.

— Eu que agradeço.

E ela volta para a festa barulhenta e fico aqui, sozinho, lembrando dos últimos 20 minutos.
Sorrio sozinho ao lembrar.
Será que estou me apaixonando pela filha do meu inimigo?
Só isso explicaria eu prender o ar sempre que a vejo, o meu coração acelerar sempre que estou perto dela. A vontade que tenho de passar cada segundo do meu dia com ela, de conhecê-la melhor. Dela ocupar cada pensamento e sentimento meu.
Se isso é estar apaixonado — ainda mais por ela — então eu amo estar apaixonado!

A filha do meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora