Capítulo Dezenove - Daemon

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Não tenho o costume de bater o pé e nem de demostrar qualquer reação ou emoção quando estou nervoso, mas agora? Não consigo parar e isso está começando a me irritar.
Me levanto em um movimento rápido quando a vejo descendo as escadas.
E meu Deus! Ela tá linda! Belíssima!
Deste jeito faria qualquer homem se ajoelhar.
Sorrio para ela, mas ela não o retribui.

- Está pronta? - pergunto indo até a escada.

- Estou. - ela passa por mim. Curta e grossa, ela está brava e tem todo o direito, mas prefiro pensar que está de TPM.

*

Quando vou para o carro ela já está lá, o carro dá a partida e o caminho é em silêncio, até que eu o quebro:

- Está melhor?

Ela bufa, como se minha voz a irritasse - como se a minha pessoa a irritasse - ela se vira para mim e finalmente fala:

- Estava até você falar comigo! - Ela não está melhor.... sua irritação é evidente.

Pego sua mão.

- Não gosto disso, pequena. - sei que ela disse para não chamá-la assim, mas.... - Não gosto de vê-la irritada comigo. O que posso fazer para mudar isso? Me diga e eu faço qualquer coisa!

- Cancele o casamento! Diga que mudou de ideia, por favor! - Seu pedido é uma súplica, quero atendê-lo, mas não posso.

- Isso eu não posso fazer.

Sua expressão voltou, séria, brava, magoada. Brava comigo, magoada comigo e eu odeio saber que fui eu quem fez isso.

- Então me faça outro favor: não fale mais comigo! Nunca mais.

Primeira vez que sinto vontade de chorar, mas não sai nada e parece que tem um martelo batendo com tudo em mim....
No meu coração....

Após isso nenhum de nós diz nada.
Mas continuo segurando sua mão, o que me dá uma pequena ponta de esperança entre nós dois.

A filha do meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora