Capítulo Vinte e um - Daemon

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Vejo Mia sair da loja com um sorriso, estou no carro esperando já provei meu terno e só estava esperando ela.

— O que te causou esse sorriso? — pergunto quando ela entra. — Fui eu? — digo com um sorriso brincalhão no rosto.

Ela me dá um soquinho no braço.

— Não. Depois de 14 vestidos eu finalmente escolhi um.... — ela ri. — Não. Eu quis dizer finalmente o Anthony aprovou o vestido.

Fecho a cara.

— O vestido é bonito?

— Sim. Ele é branco. — ela ri.

Bato palmas me divertindo com isso, me divertindo com o sorriso, com a risada dela. Vendo que ela está mais calma, tranquila. A Mia de antes, a minha pequena.

— Parabéns, engraçadinha, você descobriu a cor dos vestidos de noiva. Isso é muito. — rio.

Paramos com as piadas e começamos a conversar. Ela estava falando sobre tudo. Ela estava falatória.
E o melhor de tudo: Estava feliz!

*

4 anos atrás....

Cansada, amor? — pergunto quando ela se joga na cama.

— Um pouco. Fiquei o dia inteiro no escritório com meu pai, aquilo foi cansativo.

Vou até ela e peço para que ela se sente. Ela obedece e abaixo a alça de seu vestido preto. Para sentir sua pele.
Beijo seu ombro, logo aperto seu pescoço e vejo o quão tenso ele está.

— Por que está tensa?

Ela suspira.

— Só estou cansada dos meus pais... não! Do meu pai, semana passada eles brigaram feio e eu vi ele dar socos incontáveis na barriga dela, Daemon. E a chutando enquanto ela se contorcia no chão por causa da dor.
E eu chorava e gritava para ele parar, mas ele não parava. Eu só pensava que se ele continuasse eu....

— Você o que? Está tudo bem, Mia. Pode contar tudo.

— Eu pensei que ela morreria.... pensei que ele a mataria.

Ela começa a chorar e eu a abraço.

— Sinto muito, loirinha.

— Amo você, porque você não é igual a ele, amo você porque você me mostrou que há homens bons no mundo que eu posso confiar em você. E eu sei que você me ama. E às vezes você é o meu caminho, Daemon quando eu estou perdida, você aparece pra me mostrar que há esperanças e que eu não estou perdida e que você sempre vai estar lá pra me tirar do abismo que cai. Você... Você acha que um dia ela vai conseguir ir embora?

— Acho. Acho sim. Mas agora — digo me separando dela a fazendo olhar para mim, secando suas lágrimas. — Vamos parar de pensar na sua família porque não quero ver você chorando, ou com dor, tá bem?

— Hum. — ela funga.

Abro um sorriso.

— Que tal fazermos brigadeiro ou pipoca para ver um filme. Pode ser um filme de cachorro ou de comédia ou de romance clichês melosos que você tanto adora o que acha?

Ela ri.

— Você odeia filmes de cachorro, Daemon.

Fico feliz ao ver que consegui arrancar uma risada dela, não gosto de vê-la chorando me parte o coração, às vezes queria arrancar a dor dela e senti-la apenas para poupa-la das lágrimas.

— É. Mas você gosta e por você eu faço tudo até assistir filmes melosos.

Ela ri e me beija.

— Vamos fazer brigadeiro.

— Brigadeiro, então. — digo saindo da cama e a puxando comigo.

— Mas não sou um bom cozinheiro! Já aviso!

— O que você está dizendo, Sr. Novak? Você é um excelente cozinheiro seu mentiroso!

— É eu sei!

Ela está virando o corredor, mas eu a paro.

— Mia.

Ela olha para mim.

— Eu só quero que saiba que independente de tudo você sempre terá a mim. Se você me ligar de madrugada para ir te tirar de dentro de casa eu irei! Eu sempre vou estar aqui pra você. Sempre e para sempre!

— Eu também. Sempre e para sempre!

Entrelaçamos nossos mindinhos e seguimos para a cozinha.

A filha do meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora