Capítulo Oito - Daemon

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Vou andando para frente, mas a voz dela. A voz trêmula dela me para.

- Onde você vai?

- Resolver uma coisa. Já volto.

Vou atrás do cretino.
O alcanço no portão da mansão.
Má sorte a dele!

- Ei, Heros?

Ele se vira e antes reconheça a pessoa.
Dou um soco nele e termino de quebrar seu nariz.
Outro soco
Outro soco
Outro soco
Outro soco
Ele cai de joelhos no chão.
Chuto cinco vezes sua barriga. Quebro suas costelas e seu maxilar.
O cara está todo ensanguentado, então dou meu último aviso: coloco meu pé em suas costelas recém quebradas e faço pressão.

- Se você tem amor a sua vida.... nunca mais em sua miserável vida. Ameace a minha garota de morte. Porque no dia seguinte será a sua cabeça que estará pendurada no centro da cidade para todos verem o que acontece quando mexe com ela. Entendido?

- Sim.

- Eu não ouvi.

- SIM! - Ele usa todas as suas forças.

- Agora vaza daqui antes que eu me arrependa e te mate.

Ele tenta correr, mas suas costelas não permitem então ele apenas anda enquanto geme de dor. E eu volto para a festa.

*

.Mia vem correndo em minha direção quando me vê e me abraça.
Se for isso que vou ganhar quando quebrar a cara de alguém. Vou quebrar a cara de alguém todo santo dia. Só para tê-la em meus braços.

- Você bateu nele, né?

Não consigo evitar um sorriso.

- Bati. Ele aprendeu a lição, não se preocupe.

- Vem. Você precisa limpar suas mãos e trocar essa camisa antes que alguém te veja.

Ela me puxa para a escada. E entramos em seu quarto.

- O banheiro é aqui. - Ela diz abrindo uma porta fechada no canto.

Entro e ela entra logo em seguida.
Ponho minha mão debaixo da água e todo sangue escorre. Minha mão está machucada.
Mia vai ao quarto. Quando ela volta está com um quite de primeiros socorros. Ela pega uma gases e limpa meus ferimentos. A observo todo o tempo. Ela está concentrada.

- O que? - ela ergue o olhar e abre um sorriso de vergonha e fica vermelha.

- Você foi muito corajosa hoje. Até quebrou o nariz dele.

Digo me lembrando da cena.

- Ele mereceu! Se pudesse teria o matado, quando acho que alguém me ama. A pessoa faz alguma merda e me mostra que eu estava errada.... de novo.

- Seus pais te amam.

Ela suspira.

- Minha mãe talvez. Mas meu pai não, ele é rígido frio. Nunca leu nenhuma história para mim dormir. E minha mãe.... bom faz o que pode, mas sempre está viajando com ele.

- Então quem cuidava de você?

- Uma família. Não me lembro deles. Só sei que havia um menino com quem brincava - ela abre um sorriso triste. - Mas quando fiz 10 anos, minha família se afastou deles e eu nunca mais o vi.

- Sente falta dele?

- Todos os dias. Você acha que ele se lembra de mim?

- Com certeza! Quem conhece Mia Weilyn nunca a esquece.

Ela ri.

- Acho que terminei.

- Obrigado.

- É o mínimo que eu devia ter feito, após você me defender não acha?

Saio do banheiro, e ela está vasculhando seu guarda-roupa.

- Aqui. - ela diz me entregando um moletom. E uma causa do mesmo tipo.

- De quem é esse moletom e essa calça?

- São meus.

A olho de cima a baixo, ela é muito pequena para essas roupas. Estas roupas são masculinas.

- São grandes.

- Isso é um segredo meu. Nunca contei pra ninguém, então me prometa que não vai contar a ninguém!

- Prometo.

Será que ela tinha um namorado antes de Heros e ficou com suas roupas?

- Às vezes quando vou comprar roupas, vou na sessão masculina e compro roupas assim. Gosto de coisas que ficam grandes em mim.

Imaginei tudo menos isso.
Acho que a encarei por tempo demais.

- Sou estranha, eu sei.

- Você não é estranha apenas.... - apenas o que Daemon? Não tenho uma resposta para isso! - Diferente.

- Vá se vestir!

- Sim, senhora general!

Faço continência e ela me dá um tapa.
Vou para o banheiro fugindo dela enquanto rio.
Me visto e quando saio ela está dormindo sentada. Ela está esta com uma blusa preta e de alcinha que deixa sua barriga amostra e no meio está escrito: Dream. E um short branco com Lua e estrelas.

A pego no colo, jogo o edredom para o lado, a deito e a tampo

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A pego no colo, jogo o edredom para o lado, a deito e a tampo.

- Boa noite, pequena.

Beijo sua cabeça.
E me deito ao seu lado e adormeço.

A filha do meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora