Capítulo Vinte e seis - Mia

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Reviro os olhos sentindo o gosto doce de cereja na minha boca, é impossível não gemer.
Quando abro os olhos, e deixo minha cabeça reta, vejo Daemon me observando com um sorriso convencido no rosto. Ele ainda até mim.
Ainda com a merda do sorriso no rosto!

— Eu ia perguntar se você gostou do bolo, mas sua cara fala por você.
— Você já provou? Se não, vou te dizer uma coisa.

Daemon me olha atentamente.
Me aproximo mais dele sussurrando como se fosse um segredo que mais ninguém pudesse saber.

— Não deixa o glacê te enganar. Não é de morango é de floresta negra.

— O seu favorito.

Não foi uma pergunta, mas confirmo mesmo assim.

— Quando eu terminar de comer essa coisinha terrivelmente doce e deliciosa podemos ir embora? Estou cansada! — digo lambendo o garfo. Meu corpo gelou, o garfo para no meio da lambida. — Você já comeu? Já aproveitou a festa? Você quer ir embora? Se não quiser podemos ficar mais.

Como sou egoísta! Eu falei o que eu quero não o que você ele quer!

— Sim, já comi. E sim, já aproveitei a festa mais do que deveria na minha opinião. E também quero ir para casa, o casamento me esgotou. Só quero cair na cama e dormir.

Assinto terminando o bolo.

*
Depois que Daemon e eu nos despedimos de todos, fui até a cozinha abri a geladeira, onde guardaram o lindo bolo de floresta negra. Tirei ele com cuidado e o deixei na mesa, peguei um potinho, e talheres e transferi 3 pedaços para o pote o fechei. Guardei o bolo novamente na geladeira.
E voltei para a festa.
Vejo Daemon falando com alguns amigos e me aproximo.

— Falando nela, olha sua esposa aí. — O homem do lado esquerdo fala.

Daemon se vira e me vê.

— Onde você estava?

— Estava fazendo uma coisinha.... — abro um sorriso misterioso para ele e o deixo confuso.

— Você tá feito hein amigo? — os dois amigos riem pensando coisas sujas, mas ele não vai tocar em mim. Não mesmo!
Nenhum de nós dois rimos.

— Então vamos amor? — ele me estende o braço.

— Vamos. Tchau meninos. — digo pegando seu braço e saimos em direção ao carro e ao silêncio.

A filha do meu inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora