A Heroína do Olimpo

15-sou convidada para a solteirice eterna.

Oioi gente. Queria agradecer muito pelos votos. E desculpe pela demora :-P

Subimos mesmo até a borda denovo. Eu, com a água do grande rio e ele com seus poderes voadores bugadões. Sim. Eu amo essa palavra.

Chegamos e Lúcia, que estava roendo suas unhas nervosamente se levanta e grita.
-O QUE VOCÊ TAVA PENSANDO?
-só queria que vocês não me enchessem.
-era só dizer, caramba!!
-precisamos continuar.
-mas, vocês demoraram, que estavam fazendo lá.
-eu tava surfando no rio.
Da pra ver que e ela não entende mas não pergunta.
-temos mesmo que ir.

-acho que perdemos muito tempo aqui. Precisamos recuperar. Próximo destino?
-espera, acho que temos que ficar por aqui. Afinal, a gente passou MUITO tempo perdendo tempo.
-é verdade, está quase escurecendo.
-mas como que a gente vai ficar aqui na estrada?
Iam, que estava virado para trás, exclama:
-gente, olhem ISSO!
Nos viramos, OMG! Nos deparamos com uma ENORME FLORESTA!
Agora vejo como o ônibus foi longe. O que será que aconteceu com o motorista pra ele dar na louca e se jogar pra fora da estrada?

-acho que aí é o melhor lugar que vamos achar no meio do nada.
-nenhum de vocês é sonambulo né? -pergunta a ruiva.
-porque a pergunta?
-ué, vai que você mesma anda dormindo até o penhasco.
Engulo em seco. Entramos na floresta.
Parecia uma floresta bonita e farta, mas, ao tempo que vai escurecendo mais densa e perigosa parace a mata. Estou começando a me assustar. Eu nunca tive medo de brigas, não quer dizer que não me amedronto com coisas bobas como escuro e altura.
Que isso menina? Você com medo de escuro? HÁ!

Bem...

Andamos e andamos até que ouvimos o farfalhar de folhase o quebrar de galhos. Típico.
-será que há as nimais selvagens aqui?-pergunta Iam.
-meio óbvio. É uma floresta.-responde Lúcia.
-ou pessoas-digo eu.-caçadores?
-se houver caçadores, certamente há alguma armadilha-diz Lúcia.

Andamos dois passos e sinto pisar em algo em relevo no solo. Como um graveto ou uma corda.
Corda.

O que pisamos é puxado para cima nos levando junto. Eu imagino. Uma armadilha.
Uma enorme rede nos segura presos numa árvore da forma mais ridícula imaginável.
Uns por cima dos outros, nos mexemos em busca de nos libertarmos, em vão.
Desistimos. Mas, quando paramos de nos mexer, sete formas escuras saltam de arbustos e árvores à volta. Claro. Devem ser os caçadores que armaram essa silada.

Mas. As formas são... femininas.
UmA dAs caçadorAs tira o capuz e aponta uma flecha para nós. Nós não, apenas para Iam. Ouço-o engolir em seco e tentar ficar numa posição mais respeitável e menos ridícula. Em vão.
-o que veio fazer aqui semideuses?-pergunta a garota encapuzada que parece ter nossa idade. Ela tem cabelos cor de mel quase tão longos quanto os meus e olhos esverdeados. Está rodeada de meninas ameaçadoras e tem a voz ipnotizante.
-como sabe quem somos?
-vocês tem cheiro de sangue divino. Quem é ele?
-se nos soltar podemos responder suas perguntas em posturas mais respeitáveis, garota.-diz Iam não se abalando com a ponta de uma flecha em seu queixo.

Ela desaponta o arco e corta com uma faca a corda da rede que nos prende, fazendo com que despenquemos e desgraçadamente, com que meus dois colegas caiam por cima do meu estômago. Droga.

A menina estranha nos empurra. Ô gente rude.
-de onde vieram?

Passo a mão na cabeça para aliviar a dor.
-acampamento meio-sangue.
Ela abaixa a arma. Parece aliviada.
-entrem.-diz apontando para uma grande tenda. Como não a notei ali antes?
Entramos e nos sentamos em dois bancos. Menos por Iam, que tem de sentar no chão.
-eu sou Ártemis, deusa da caça. E preciso saber quem são vocês. Tem a aura tão forte que um monstro a quilômetros sentiria seu cheiro. Preciso saber quem são seus pais olimpianos.
-eu sou filha de Poseidon. Ele é filho de Zeus e ela é filha de Hades. Estamos numa missão.
-eu sabia. Então, a profecia começou. -diz a deusa baixinho com seus botões divinos.
Ela continua:
-bem, é uma raridade termos juntos os filhos dos três grandes não é?
Levanto os ombros. Grande coisa. Eu ainda não entendi esse negócio de sangue.
-nós nem sabemos o que viemos procurar. Na verdade.
-infelizmente, ninguém sabe.
-você não é muito nova para uma deusa?- pergunta Iam.
Uma das garotas que estavam atrás dela parece furiosa.
-como...-diz a garota apontando uma pequena lança na direção dele. Sinceramente, acho que elas sismaram com ele.
Ártemis para a lança.
-Zara, não é necessário.
A menina volta a seu posto. E Ártemis continua.

-desculpe, é que minhas caçadoras não tem muito contato com garotos. E eu assumo a forma que eu desejar.
Eu pergunto:
-mas porque não tem contato com garotos?
Lúcia me cutuca. E a deusa se abaixa e... achei que iria me explicar algo inteligente e sábio mas ela só diz:

-vá pesquisar.

Palmas.

-se quiserem, podem ficar aqui essa noite. E, amanhã, seguirão com sua jornada.

Uhuuuu. Agora ser atacada por algo que não sabe o que é, cair de um penhasco em uma busca suicida é uma jornada!!!!
Mas ta né.

Seguimos até a saída, mas a deusa me para e fala:
-espere, tenho uma oferta a lhe fazer.
Entramos de volta. Me sento no chão.
-a oferta que tenho a lhe fazer. Gostaria de se tornar caçadora e minha seguidora?
-como assim?
-bem, eu e minhas caçadoras vamos à florestas e bosques, caçamos, cuidamos de animais-essa não fez sentido-e sempre temos um lugar no acampamento. Ah. Mas você terá que jurar nunca...digamos, namorar. Sem qualquer contato mais que necessário. E assim, a vida eterna, só poderá morrer em batalha. Aceita?
Penso, penso.
-pode me dar um tempo pra pensar?
-o preciso. Amanhã de manhã me dê a resposta.

Me levanto, saio.
Vejo a noite e a lua brilhando longe. O acampamento montado e uma barraca para mim.
Penso. Ser caçadora? Mal acabo de entrar nesse mundo. E tantas coisas pra pensar . O mundo devia ser menos complicado.
Penso em o que passei pra chegar aqui. Deve ser legal ser caçadora. Mas, meus amigos, primeiros amigos, irmão...
Será que devo abrir mão de uma vida em prol de outra? Em função de uma deusa?
Amanhã pensarei nisso. Agora só quero comer alguma coisa.

-Laurinha