●FRIENDS TO LOVERS ●FORCED PROXIMITY ●SLOW BURN ●ELA ODEIA ELE
Jonathan Bush é conhecido por pegar diversas garotas e não se apegar. Sua personalidade gentil e o seu sorriso despojado conquistam qualquer garota. Qualquer garota? Ao contrário do que...
Eu não posso mais fingir." Ariana Grande – Break Free
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Capítulo 29
No instante em que Jonathan colou seus lábios nos meus, senti um arrepio na coluna. Um arrepio gostoso. Seus lábios macios encontraram os meus e quando ele pediu passagem para a sua língua entrar em contato com a minha, eu deixei. Seu gosto incrivelmente viciante, se misturou com o meu e sua língua explorou todos os cantos da minha boca.
Suas mãos ainda estavam em meu rosto e as minhas estavam agarrando a sua cintura como se, por um segundo eu o soltasse, fosse cair no chão. Ficamos nos beijando por um longo tempo, até perdemos o ar e Jonathan se afastar delicadamente.
Essa é a parte em que fico envergonhada por ter pedido para ele me beijar, mas eu não sinto nada além da necessidade constante de tê-lo em meus lábios de novo. Em primeiro lugar, eu nem sei o porquê eu pedi para que ele me beijasse.
Sabe sim!
A voz do meu subconsciente me alerta. É, não posso mais negar que sinto uma imensa atração por Jonathan Bush e agora que ele me beijou, tenho certeza disso, pois sinto minha excitação de longe. Respiro fundo, puxando o ar para dentro dos meus pulmões.
Nenhum dos dois tem coragem de dizer algo, apenas ficamos encarando um ao outro, sem saber ao certo o que dizer primeiro. De repente, um pensamento horrível me invade.
E se Jonathan não gostou do meu beijo?
É possível, afinal, eu não beijo há muito tempo. Droga, Mia! Passo a língua pelos meus lábios inchados devido ao beijo e sinto minha garganta seca. Essa é a parte em que devo dizer alguma coisa, mas simplesmente minha boca não se mexe.
Respira fundo, Mia.
— Preciso ir – não era o que eu esperava dizer, mas de repente me sinto envergonhada porque realmente acho que Jonathan não gostou do meu beijo. Qual é, o cara é uma máquina de beijos e sexos, ele já deve ter experimentado beijos melhores.
Quando ameaço passar por ele, seu braço musculoso segura o meu, impedindo-me.
— Mia... – ele começa, mas eu o interrompo abruptamente.
— Me solta, preciso ir embora meu pai deve estar me esperando – dou a desculpa mais idiota de todas, mas sem retrucar, Jonathan me solta.
Solto um suspiro e abro a porta do banheiro, saindo o mais rápido possível dali. Quando chego na rua, respiro fundo, absorvendo o ar puro da noite. Sinto minhas pernas bambas e meu rosto quente. Mordo o lábio inferior e começo a dar passos para longe do cinema.
Depois de alguns minutos, chego em minha rua e apresso os passos para entrar dentro de casa. Ainda estou sentindo-me quente, com calor, e sei muito bem que não é só por causa da temperatura da cidade.
Ao entrar em casa, percebo que meu pai já está dormindo e com cautela subo as escadas, indo em direção ao meu quarto. Solto um longo suspiro ao fechar a porta do mesmo e encosto minhas costas na madeira, deslizando até o chão.
Sinto lágrimas descendo pelo meu rosto e eu as deixo cair. Não sei exatamente por que estou chorando, é por que eu acabei de beijar um garoto depois de anos? E ainda por cima senti tesão, muito tesão. Fungo o nariz.
Não, eu sei muito bem o porquê estou chorando. Estou com medo. Estou com muito medo de me entregar a esse sentimento que surgiu dentro de mim. Estou com medo porque...a última vez que gostei de um garoto, ele quase me estuprou e desde então nunca mais me aproximei de nenhum menino.
Respiro fundo e me levanto do chão, jogando minha bolsa em cima da cama. Acendo a luz do quarto e caminho até o banheiro acendendo a luz. Encaro o meu reflexo no espelho. Estou corada. Muito corada. Ofegante, com os cabelos bagunçados e um pouco de suor na testa. Meu Deus, ele me deixou desse jeito?
Imagina o que Jonathan pode ser capaz de fazer na era do sexo...
Balançando a cabeça, ligo a torneira e jogo um pouco de água em meu rosto, me refrescando. Fico um tempo jogando água em meu rosto até finalmente estar menos quente e desligo a torneira. Seco meu rosto e começo a tirar as minhas roupas, pronta para um banho bem gelado.
Ligo o registro do chuveiro e entro no mesmo, deixando a água fria cair em meu corpo. Fecho os olhos e absorvo os últimos acontecimentos. Passo as mãos pelos meus cabelos, depois pego um sabonete e começo a esfregar o meu corpo.
Passo o sabonete pela minha barriga e desço, indo até o meio das minhas pernas. De repente, minha mente é invadida pelos lábios macios de Jonathan contra a minha boca. O jeito como sua língua explorou cada detalhe da minha boca, o seu gosto...
Desço a mão mais um pouco e acaricio o meu clitóris, ainda pensando nos lábios dele. Fecho os olhos com força e arfo, decidindo enfiar um dedo dentro de mim mesma. Arfo de novo, imaginando que não sou eu ali, e sim Jonathan enfiando seus longos dedos dentro de mim
— Ah, Jonathan – gemo seu nome e enfio novamente o meu dedo, enfiando e tirando-o com agilidade. Sinto minhas pernas se espremerem em volta da minha mão e, segundos depois, gozo, sentindo o líquido quente escorrer pelas minhas coxas.
Recupero o ar e abro os olhos, percebendo só agora que Jonathan não está aqui, estou sozinha no banheiro, me masturbando pensando nele. Deus, olhe aonde eu cheguei.
Passo xampu nos cabelos, esfrego e desligo o chuveiro, enrolando-me em uma toalha. Apago a luz do banheiro e vou até o meu guarda-roupa, pegando o meu pijama de ursinhos. Visto o mesmo e me jogo na cama, ainda reorganizando os meus pensamentos.
Essa foi a primeira vez que eu me masturbei e ainda fiz isso pensando nos lábios macios de Jonathan Bush. Mas quem pode me culpar? Ele é um gostoso e isso é um fato. Bufando, me levanto da cama, penteio meus cabelos e desligo a luz do quarto, voltando a me deitar.
Deixo minha mente voltar para o momento do banheiro no cinema, deixo que meus pensamentos me transportem para aquele momento novamente, sentindo o gosto dele e suas mãos quentes em meu rosto.
[***]
Abro os olhos lentamente, os raios de sol se infiltrando em meu quarto. Esqueci totalmente de fechar a cortina. Bocejando, me levanto da cama, ainda sonolenta. O dia está muito bonito, um sol escaldante e sem nuvens no céu. Vou até o banheiro e jogo um pouco de água em meu rosto, fazendo eu me acordar.
Espreguiço-me e pego a minha escova de dentes, escovando-os. Ao voltar para o quarto, pego o meu celular e vejo que já são dez da manhã. No mesmo instante, uma mensagem de Jonathan reluz na tela do celular.
Engulo em seco, com medo de abrir a mensagem. Respiro fundo e decido abri-la.
Jonathan: Podemos conversar no nosso lugar?
Mordo o lábio inferior com medo, muito medo. Eu sei o que ele quer conversar, é óbvio que é sobre o beijo, mas não sei se estou preparada para assumir esse sentimento. Com os dedos trêmulos, digito de volta, sentindo que meu coração vai saltar do peito.
Mia: Claro, me diga que horas e estarei lá.
Espero por alguns segundos e logo sua resposta vem, dizendo para nos encontrarmos depois do almoço. Engulo em seco, sentindo minhas mãos suadas. O que quer que ele tenha a me dizer, não sei se estou pronta para ouvir.
