Charlotte Austin, a produtora de renome, se encontrava em um estado de introspecção raro para alguém tão acostumada a estar no controle. Apesar de sua postura confiante e seu sorriso encantador, havia uma inquietação em seu coração que ela não conseguia sacudir. Sentada em seu escritório, olhava para a cidade através da janela, mas sua mente estava em outro lugar, perdida nos pensamentos sobre Engfa Wahara.
Ela sempre se orgulhará de seu espírito livre, de não se deixar prender por relacionamentos ou emoções profundas. Sua vida era a música, as festas, os encontros fugazes que não deixavam marcas duradouras. Mas desde que Engfa entrou em sua vida, algo mudou. Ela se viu cativada não apenas pelo talento da jovem cantora, mas pela sinceridade e profundidade de seu olhar, pela forma como ela se entregava à música e à vida.
Charlotte lembrava-se de cada momento que passara com Engfa, desde as sessões de gravação até os encontros casuais. Ela notou como cada sorriso, cada toque acidental, parecia incendiar algo dentro dela. Era uma sensação nova e desconfortável, mas ao mesmo tempo, irresistivelmente atraente.
Ela sabia que Engfa estava lutando com seus próprios demônios internos, suas inseguranças e dúvidas sobre a natureza de seus sentimentos. Charlotte sentia uma conexão profunda com Engfa, mas ao mesmo tempo, temia assustá-la ou forçá-la a enfrentar algo pelo qual não estava pronta. Ela queria proteger Engfa, queria estar ao seu lado, mas não sabia como navegar essas águas desconhecidas.
O convite para jantar tinha sido um passo ousado, uma tentativa de aproximar-se mais de Engfa fora do ambiente de trabalho, em um espaço onde poderiam ser apenas duas pessoas explorando o que sentiam uma pela outra. Charlotte ansiava por esse momento, mas também temia o que ele poderia desencadear.
Enquanto planejava o jantar, Charlotte não pôde deixar de se sentir vulnerável. Ela estava acostumada a estar no comando, a ser a pessoa que outros procuravam por orientação. Mas agora, encontrava-se em um território desconhecido, navegando por emoções que nunca pensou que sentiria.
Ela sabia que a noite que se aproximava poderia mudar tudo entre elas. Poderia ser o início de algo belo e profundo, ou poderia revelar um abismo intransponível. Mas, por mais incertas que fossem as possibilidades, Charlotte estava disposta a arriscar. Porque, pela primeira vez em muito tempo, ela sentia que algo, ou melhor, alguém, valia a pena se arriscar.
Mew, o melhor amigo e confidente de Charlotte, entrou no escritório com seu costumeiro entusiasmo. Ele sempre teve um jeito único de preencher o ambiente com sua energia vibrante. Charlotte, ainda perdida em seus pensamentos sobre Engfa, foi trazida de volta à realidade pelo som da voz de Mew.
— Charlotte! Terra chamando Charlotte! — exclamou Mew, agitando a mão na frente do rosto dela. — Você está aí? Parece que estava a um milhão de quilômetros de distância.
Charlotte sorriu, agradecendo internamente por ter um amigo como Mew, que sempre conseguia arrancá-la de seus devaneios.
— Oi, Mew. Desculpa, estava apenas... pensando — respondeu Charlotte, tentando parecer casual.
— Pensando ou sonhando acordada com certa cantora? — Mew perguntou com um sorriso travesso, conhecendo bem a amiga para perceber o que a estava distraindo.
Charlotte deu de ombros, tentando disfarçar, mas sabia que Mew era perspicaz demais para ser enganado.
— Talvez um pouco dos dois — admitiu Charlotte, não conseguindo esconder um sorriso tímido.
— Bem, estou aqui para te arrancar dessa nuvem de amor. Que tal irmos para uma balada hoje à noite? Precisamos desestressar um pouco, e eu sei que você adora a energia da noite — propôs Mew, já imaginando a cena deles dançando e se divertindo.
Charlotte considerou a proposta. Uma parte dela queria apenas ficar em casa, pensando em Engfa e planejando o jantar perfeito. Mas outra parte reconhecia que uma noite fora, cercada pela música e pela alegria de Mew, poderia ser exatamente o que ela precisava para limpar a cabeça e relaxar.
— Sabe, Mew, acho que você tem razão. Uma noite de balada parece perfeita. Vamos nos divertir e esquecer um pouco do trabalho e de... outras coisas — concordou Charlotte, sentindo um peso se levantar de seus ombros.
Mew sorriu, satisfeito com a resposta. Ele sabia que Charlotte precisava de um tempo longe das complicações de seu coração, pelo menos por uma noite. E não havia ninguém melhor do que ele para garantir que ela se divertisse ao máximo.
— Ótimo! Vou escolher o lugar, e você só precisa trazer sua energia incrível e aquele seu sorriso cativante. Vamos arrasar na pista de dança! — exclamou Mew, já planejando a noite.
Charlotte riu, contagiada pela energia de Mew. Ela sabia que, independentemente do que o futuro reservasse para ela e Engfa, pelo menos por essa noite, ela poderia se perder na música, na dança e na companhia de seu melhor amigo.
Na balada, Mew e Charlotte eram a personificação da energia e do carisma. Eles chamavam a atenção por onde passavam, uma dupla dinâmica que irradiava alegria e confiança. Mew, sempre extrovertido e animado, liderava o caminho com seu estilo único e sua habilidade de fazer amigos instantaneamente. Charlotte, com sua beleza deslumbrante e presença magnética, complementava perfeitamente a energia de Mew.
Ao entrar no clube, eles foram envolvidos pelo pulsar da música eletrônica, as luzes estroboscópicas criando padrões vibrantes ao redor deles. A atmosfera era eletrizante, preenchida com o som do baixo retumbante e o zumbido das conversas animadas. O ambiente era uma mistura perfeita de euforia e liberdade, exatamente o que Charlotte precisava para se desligar das complexidades de seus sentimentos por Engfa.
Eles se moveram pelo clube com facilidade, cumprimentando conhecidos e fazendo novos amigos ao longo do caminho. Mew, sempre o animador, puxava Charlotte para a pista de dança, incentivando-a a se soltar e curtir o momento. A música os envolvia, uma força poderosa que os fazia se mover ao ritmo, esquecendo de tudo exceto o prazer do agora.
Charlotte deixou-se levar pela música, sentindo-se livre e viva. A cada movimento, a cada passo de dança, ela se sentia mais leve, como se estivesse deixando para trás as preocupações e incertezas que a haviam assolado. Mew, ao seu lado, dançava com uma energia contagiante, arrancando risadas e sorrisos dela.
Juntos, eles eram o centro das atenções, mas naquele momento, isso pouco importava para Charlotte. Ela estava ali para se divertir, para viver o momento com seu melhor amigo. A noite era uma celebração da amizade, da música e da liberdade de ser quem eles eram, sem medo e sem reservas.
Enquanto a noite avançava, Charlotte sentia-se renovada, grata pela presença de Mew em sua vida e pela oportunidade de se libertar, mesmo que temporariamente, das complicações do coração. Aquela noite na balada era exatamente o que ela precisava, um lembrete de que, não importa o que acontecesse, ela sempre teria amigos e momentos felizes para iluminar seu caminho.
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Dinastia Waraha: A Ascensão de Englot
FanficCharlotte Sarocha, filha de um renomado produtor musical norte-americano e uma famosa atriz tailandesa, retorna à Tailândia após concluir seus estudos nos Estados Unidos. Com a intenção de se juntar à produtora musical da família e eventualmente ass...