Enquanto dirijo pela estrada vazia, tentando ao máximo me concentrar. Contudo, minha mente, teima em me fazer lembrar. É como um filme. Cada momento em que estive ao seu lado. Desde os momentos em que meu coração parecia dançar sempre que te via passar. No início eu passei dias, idealizando ser notada por ti. Nenhuma fantasia que fiz em meu quarto antes de dormir, fizeram jus.
Seus olhos esmeraldinos me olhavam de um jeito. Eles devoraram o meu ser. Seus olhos sempre foram transparentes. Mas naquele dia, elevaste minha autoestima com aquelas olhadas. Não sei ao certo, quando a minha paixão se tornou amor.
Talvez tenha sido os momentos. Seus beijos gentis. Seus abraços carinhosos. Seu cafuné gostoso na hora de dormir. Não era um romance perfeito. Mas você possuía mais qualidades que defeitos. Eu amei cada momento.
Do início ao fim. E foram os últimos meses que eu de fato percebi. Nós não havíamos esfriado, ainda havia amor. Eu ainda amo cada parte de ti. Oh! amor, eu amei cada dia, cada ano, cada segundo. Eu percebi que em algum momento eu perdi algo. Eu ainda amava você, com cada batida do meu coração.
Eu amava você como pessoa. Entretanto, eu não o via com os mesmo olhos da primeira vez. Eu não te enxergava mais como a pessoa que me esperaria no altar. Perceber isso me devastou.
Eu não queria te perder. Eu amo sua companhia. Seu jeito de me amar. Não queria te machucar. No fim não seria justo, te deixar amar alguém que já não pode lhe corresponder. Por mais que tenha doído, como o inferno te deixar.
Te ver chorar. Parti seu coração sem deixar de te amar. E agora as lembranças me invadem, fazendo meu peito doer. Como eu queria ainda te desejar e sentir o mesmo que senti a exatos 1825 dias. As lágrimas embaçam minhas vistas. Me fazendo encostar o carro e esperar passar. Não passaria com facilidade, mas minha dor não chega a sua.
Eu devastei você!.
Não foi a intenção machucar alguém que só me amou. E que me deu momentos inesquecíveis. Guardo cada um em meu peito. Meu coração não pertence a mais ninguém. Não existe um novo amor.
Há apenas a devastadora falta dele.
" Eu amo você, como pessoa, mas não gosto mais de você".
Essas foram as facas que eu usei. E com elas eu o quebrei. Perdoa-me amor por não mais ser sua.
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Palavras Entregues Ao Vento
PoesíaApresento a vocês a versão mais verdadeira de mim mesma, uma versão que mostra amores irreais ou reais demais. Uma versão nua e crua de mim mesma. Os autos e baixos de uma vida, onde as minhas dores são gritantes; Onde minhas palavras muitas vezes n...