Palavras Entregues Ao Vento

Me ajude!

Sabe aqueles dias em que nada faz sentido. É quase a mesma coisa de deixar de se importar. E como não sentir nada. Você não gostaria de conversar. Você deseja ficar sozinho. No fim você não quer ficar sozinho. Seus pensamentos te destroem. Lembranças te destroem.

Você acorda, sabendo que precisa levantar.
Onde está a força do meu corpo?
Por que sinto como se estivesse com o peso do mundo nas minhas costas?
Eu acabei de acordar, mas estou tão cansado.
Penso ser capaz de dormir por horas.
E no fim ainda vou estar cansado.
É um ciclo vicioso.
Constante.

Às vezes o meu ciclo diário, oscila. Momentos bons surgem. Não se vive apenas de momentos ruins, é o que dizem. O que devo fazer se a semana tem sete dias e cinco eu me encontro preso nesse caos.

São poucos os momentos bons. Viver essa constante, está acabando comigo. E não pense que vai ter alguém aqui ao seu lado. As pessoas estão preocupadas demais com suas próprias vidas. Você não é importante. Não se esforce para conversar. Pois, a maioria não vai entender. Eu tento não desanimar. Tento ser forte. Por mais que eu me sinta em uma montanha-russa.

Eu sigo com a minha força de uma manteiga. Alguns dias atrás, quando as lágrimas não tinham fim. Que era difícil respirar! Que o local a minha volta se tornou sufocante! Eu percebi que não vou dar conta. Não posso suportar, continuar chorando como se a dor não fosse ter fim. Abraçar o meu travesseiro, esperando que acabe. Não sei quanto tempo durou, mas sempre parece que nunca vai acabar.

Eu só queria sumir.
Na verdade, eu queria ajuda.
Meu subconsciente gritava: me tira daqui.
Faz parar, pois, não vou aguentar.
Me ajuda!.
Não posso suportar, alguém me salva.
Alguém tira essa dor.
Acalma meu coração que bate loucamente.
Me ajude respirar normalmente.
Faz as lágrimas cessarem.
O meu eu de ontem, não aguenta mais.
Me ajude a suportar.
Essa caminhada sozinha é dolorosa demais.

Me ajude!.