Capítulo 6

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Rio de Janeiro, Brasil
|Por Miranda Diaz.

Alessandro Mancini, nascido na Itália em 23 de Janeiro de 1990, ficou conhecido após se aliar a máfia siciliana, atualmente comandada por Dominic Moretti. Ao que sabemos, ambos participaram de diversas reuniões para tratar do atual comandante da máfia italiana. Se tornaram destaque entres os criminosos, chegando a valerem mais de meio milhão de reais, como recompensa para quem conseguisse qualquer informação sobre eles. Atualmente, são acusados de homicídios qualificados, tráfico de armas e drogas, sequestro e de mais a serem comprovados. Sendo considerados uns dos bandidos mais procurados do mundo, essa dupla se encontra desfocada, após Alessandro Mancini ser atingido por uma bala, na cidade do Rio de Janeiro. O criminoso se encontra internado, a espera de uma melhora para ser transferido para um presidio de segurança máxima. Segundo a policia, a data da sua prisão está prevista para daqui a alguns dias, encurtando seu prazo de liberdade. Na madrugada anterior, Mancini (como é conhecido) deu uma entrevista para prestar um depoimento sobre sua atual situação, pelo visto ele se mantém calmo e nem um pouco preocupado com o que irá acontecer. Me digam aqui, será que finalmente essa busca terá um fim?

— Esta vendo a fofoca sobre o italiano?— escutei a voz da Déb ao meu lado, me fazendo fechar o notebook de forma rápida.— Não adianta fechar, eu vi.

— Eu estava apenas olhando.— direcionei minha atenção a minha amiga, que estava limpando seu óculos de grau para colocá-lo.— E pelo o que estou vendo, ele é bem mais fora da lei do que imaginava.

— O cara é um mafioso, Mia, esperava que o histórico dele seria assalto na orla de Ipanema?- rio, balançando a cabeça negativamente.— Então pronto.

— A tranquilidade dele no meio disso tudo me deixa com medo.— confessei, enquanto a Déb se sentava a minha frente.— Acha que ele está planejando algo?

— Se estiver, ele é muito burro. Esse hospital está cercado, a chance dele é mínima.— minha amiga ajeita seus cachos soltos para dentro de sua touca.

— Bom, acho que não devo ficar com isso em minha cabeça.— esfrego minhas mãos em meu rosto, enquanto inspiro e solto a ar lentamente.— Minha cabeça já está cheia demais.

Isso tudo não pode ocupar espaço no psicológico que eu já não tenho, preciso focar em meu trabalho, nas vidas que estão esperando por mim.

— O que houve? Quer me contar?— Déb se preocupa, me analisando.

— Nada demais, está tudo bem.— forço um sorriso fraco e ela ergue as sobrancelhas, falando "tá pensando que não te conheço?" em silêncio.— Ok, foi o Henrique.

Sua expressão muda para incrédula, em questão de segundos seus olhos semi cerram, como se ela estivesse se segurando para não voar em cima de mim. Ela sempre foi contra o meu relacionamento com ele, na verdade, contra nossas recaídas. E como eu sou uma ótima ouvinte, sempre fiz tudo ao contrário de seus conselhos.

— Vai se foder, Miranda.— ela se encosta na cadeira, cruza os braços e olha para o lado, esboçando um sorriso de que não tava acreditando no que acabei de falar.— De novo essa merda?

— É, ele foi lá em casa e eu acabei não cedendo, de novo.— olho para minhas mãos, evitando manter contato visual com minha amiga. Eu sei que estou errada.

— E o que aquele filho da puta fez dessa vez?— ela olha em minha direção e então, olho ela de volta.

— Ele me disse algumas coisas idiotas, acha que estou transando com o Gabriel.— revirei meus olhos.

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