𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐌𝐞𝐧𝐬𝐚𝐠𝐞𝐢𝐫𝐚𝐬

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Dias antes da invasão no hospital

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Dias antes da invasão no hospital

Você recebeu mais uma flor. — Benjamin diz com um largo sorriso no rosto e uma rosa de pétalas claras nas mãos.

Abro um genuíno sorriso.

  — É do homem que me salvou? — Pergunto me sentindo envergonhada pela minha voz ter saído de forma tão sonhadora.

  — Não sei, querida. Foi Yolande que pegou a rosa, ela disse que estava com a cabeça em outro lugar e que não havia prestado atenção em quem era, mas disse que era pra você. Veja, tem um cartãozinho aqui — Benjamin aponta para o pedaço de papel dobrado por entre as pétalas da flor — Ninguém mexeu, pode ler com calma. Vai ver realmente seja ele ou alguém que lhe conheça.

  Benjamin me entrega a rosa e se retira.

  Confesso estar ansiosa, fazem dois dias que tenho que sonhar com o misterioso homem que me deixou aqui. Dois dias que acordei neste lugar, sem respostas sobre mim ou sobre ele. Um homem que, graças ao meu desespero feminino, imagino ser da minha idade, bonito, elegante e sensual. Um homem que imaginando, tendo as aparências de alguns médicos e enfermeiros como referência, faz com que minhas bochechas esquentem, a imagem de um homem perfeito salvando uma garota indefesa parece um tanto quanto tentadora de se pôr em um livro. Mas não confio em minha própria imaginação.

  Talvez ser bonito e elegante seja apenas um detalhe que gostaria de notar, mas se for alguém injusto, eu gostaria de notar? Faria diferença em minha perspectiva? Se for um homem bom, para mim, já me sentirei grata.

  Ansiosa, retiro o papel dobrado das pétalas com cuidado, colocando a rosa no vaso ao meu lado assim que tenho o papel em uma das mãos. Remoendo-me de curiosidade e esmero, abro o pequeno e fino pedaço de papel.

  Meu orgulho e animação se esvaiam assim que termino de ler.

  Minhas sobrancelhas franzem assim que termino de reler.

  Minha compreensão se desvanece.

  Não entendo o que deveria significar.

"Há pessoas atrás de você. Não confie em ninguém.", dizia o pequeno pedaço de papel. Sem assinatura, nem nada. 

  Em uma pontada de raiva, rasgo o papel até se tornar impossível de remontá-lo para lê-lo novamente. Sem ao menos tentar entender. Sem ao menos pensar que a rosa nem deveria ter sido entregue a mim e que provavelmente fui vítima de uma confusão feita por uma das enfermeiras mais sem noção do hospital. Benjamin aprova esta opinião, ou melhor, fato.

  — E então? O que tinha no papel? Dizia se era do homem que a salvou? — Pergunta Benjamin se sentando ao meu lado com um copo de café em mãos, finalmente após sua pausa.

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