𝐈𝐧𝐭𝐫𝐮𝐬𝐨𝐬

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As coisas pareciam ter se acalmado lá fora.

 Alguns policiais xotaram os curiosos e jornalistas enquanto Jacob procurava por alguma pista sobre a entrada de Yoshi com aqueles presentes no cassino. 

A cada palavra curiosa e nervosa dele, era uma lágrima de medo histérico de uma das charmosas funcionárias do lugar. Ela não sabia de nada do que estava acontecendo assim como todas as outras que trabalhavam com ela e entre outros funcionários, incluindo os seguranças que desapareceram do estabelecimento, a qual ela não deixou de citar muitas vezes. Isso deixou Jacob intrigado enquanto soluços dramáticos e altos e lágrimas negras pelo excesso de maquiagem escura e muito rímel nos cílios escorriam pela sua face. As pessoas a viam com uma certa pena, talvez pela suas belas e sensuais feições agora estarem manchadas por aquela  maquiagem estragada o que uma hora era impecável em contraste com a pele extremamente branca e os olhos azuis, quase violetas.

 Jacob não ligou muito para este fato, apenas torceu o nariz para os choros e foi fazer mais perguntas, tanto sobre aqueles seguranças desaparecidos quanto o que estava perguntando antes, aquilo era a única coisa que conseguira recolher de interessante daquela garçonete que é levada para fora do cassino com uma toalha térmica sobre os ombros por Thamara que antes estivera ajudando seus colegas a retirar todos dali.

  Jacob saiu um pouco apressado e exausto de dentro do elevador. Foi fácil encontrar aquele que procurava. O cabelo loiro brilhava como neon no escuro – esse pensamento fez com que a imagem de Kali e sua expressão de surpresa e horror ao ver suas tatuagens brilharem abaixo de seu nariz retornassem a sua cabeça. Para ele, aquilo foi um show em tanto. Era lindo. As tatuagens aparecendo conforme Kali movimentava a lanterna negra trazia uma espécie de atmosfera fantasmagórica... ele não conseguia se expressar direito quanto a isso, ele nunca vira algo parecido antes e achara incrível. A lembrança roubou uma pequena curva em seus lábios -, no caso, os fios de puro ouro se destacam aos demais com cores tão sem vida e sérias.

  Benjamin estava escorado na parede e quando avistou Jacob, reforçou sua postura, desescorando da parede.

 — Este lugar está só o pó... me pergunto, como ninguém percebeu nada? Alguém deve ter notado Yoshi entrar, sem mencionar que ele matou o proprietário... – Jacob coça o queixo encarando os próprios sapatos.

   — A música estava alta, deve ser por isso que ninguém ouviu o tiro, e ele provavelmente não usou a entrada principal – Jacob agora o encarava com uma sobrancelha arqueada, transparecendo sua curiosidade  — No hospital é assim. Quase todo mundo passa pela entrada principal, enfermeiros, médicos, visitantes, pacientes...mas há muitas outras formas de entrar no prédio. A garagem, entradas de entrega nas traseiras, entradas laterais. Eu imagino que aqui seja o mesmo caso. Você só precisa de um cartão-chave e pronto. – Ele colocou as mãos no bolso da calça, por fim, após prosseguir ao ver a curiosidade brilhar nos olhos de seu companheiro.

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