𝐎 𝐒𝐮𝐛𝐬𝐨𝐥𝐨

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Fico em um canto próximo do escritório, escorada em uma parede, evitando trombar com alguém da polícia. Jacob deve estar ocupado demais para poder vir aqui e dizer para me esconder em algum lugar, mas esses policiais mal olham para mim ou para Benjamin que está ao meu lado, ou muito menos para Ethan que estava em algum lugar até então.

  Todos estão ocupados demais pensando que foi alguém com péssimos negócios com o cara morto ao invés de pensar que o cara que quer me ver morta o matou.

  — O segurança disse alguma coisa? – Ethan pergunta juntando-se a nós.

—  Não muito. Ele só ficou resmungando a respeito de um porão... – Benjamin coça o queixo.

   — Um porão? – Arqueio uma sobrancelha, pensativa.

   — Sim.

   — Será que não seria onde o cofre estaria?

   — O cofre? Mas eu pensei que o cofre com fechadura melódica estava no escritório. – Ethan diz passando os olhos para a sala que foi fechada por fitas amarelas.

   — Não o encontrei à primeira vista. Deveríamos ir lá para dar uma olhada mesmo assim. – Sigo seus olhos com os meus.

   — Devíamos chamar Jacob para ir junto.

   — Eu avisarei a ele, vão indo na frente. Não temos tempo a perder. – Benjamin olha para os lados à sua procura, dando um passo adiante.

   — Claro, é melhor nos apressarmos. Assim que Jacob souber, ele terá que avisar sua equipe e seremos bloqueados novamente. – Digo com um sinal de cabeça para Benjamin que assente e vai atrás do detetive, então viro-me para Ethan que assente com a cabeça também e me segue.

   — Mas você sabe onde fica a entrada para esse porão?

   — Acho que sei.

  Passamos pelo corredor, voltando para o escritório. Pulando as fitas amarelas e ignorando as normas de "não ultrapasse" delas, ficamos de cara novamente com a "cena do crime", o que antes era apenas um escritório bagunçado por um bando de macacos selvagens para nós.

Nos esgueiramos um pouco para que nenhum policial perceba que estamos aqui. Caminhamos até um pouco próximo da estante tombada, onde bem me lembro que próximo dela havia uma porta fora das dobradiças, arrancada à força sobre o chão.

Mesmo se o escritório estivesse arrumado, se Yoshi não tivesse passado aqui, acho que qualquer um perceberia, uma hora ou outra, que uma parte do assoalho é oco. Me pergunto como isso seria possível estando no quinto andar de um prédio, como teria sido possível o projeto arquitetônico do prédio pra que fosse possível ter algo com profundidade abaixo de nossos pés.

  Passamos pela papelada espalhada, as coisas jogadas e o cadáver que foi apenas examinado, porém não retirado. Sinto meu estômago se embrulhar mais do que já estava quando passamos por ele. Chegamos ao assoalho oco, ou melhor, a porta que leva para algum lugar e para alguma coisa.

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