𝐎 𝐂𝐚𝐬𝐬𝐢𝐧𝐨

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A porta do escritório bate com força, assustando e roubando a atenção daqueles presentes e com as mentes, uma hora, focadas na leitura dos arquivos espalhados pela mesa do detetive.

— Benjamin! — Grito pelo próprio que se vira surpreso pela fúria em minha voz — Ben, onde estão os esboços das minhas tatuagens?

— Eles estão bem aqui... — Seus olhos preocupados e apavorados descem pelo meu braço e param nas minhas mãos, arregalados — Santo Deus, o que aconteceu com você?!

— Kali, você está sangrando! — Jacob corre em minha direção enquanto Ethan se levanta, horrorizado.

— Quem fez isso com você?!

— Oh...eu devo ter socado o espelho do banheiro feminino sem querer...

— Deixe-me dar uma olhada. — Benjamin corre em minha direção.

— Não ligo, Benjamin! Os esboços! Agora! — Meu tom exigente o deixa em choque e assim que seus ombros caem enquanto procura pelo bloco de notas, me arrependo de como o respondi.

Ethan olha para mim mas não diz nada.

— Vou ver se tem algum kit de primeiros socorros aqui. — Jacob diz antes de correr para fora de seu escritório.

— O que estamos procurando, exatamente? — Benjamin diz folheando o bloco de notas.

— Os dois esboços com a chave das minhas costas. Você fez um quando desenhamos o resto das outras tatuagens e outro ontem, antes de sairmos, para ter uma cópia mais precisa.

— Ok, vamos ver...

Enquanto Benjamin procura os desenhos, Jacob volta para o seu escritório com uma pequena caixa nas mãos, ele senta-se ao meu lado e o deixo examinar minhas mãos sem relutar.

Ele limpa o sangue que escorreu pelo meu braço e o que ainda escorre dos cortes nos dorsos e palmas de minhas mãos. Quando ele passa o décimo algodão próximo ao corte, sinto uma dor aguda que me rouba o ar, meus olhos começam a arder novamente. Respiro fundo segurando um grito quando ele por fim toca os cortes.

— Esses cortes estão um pouco profundos, mas não é nada grave, nem precisa de pontos... — Ele pega algumas gazes, seu olhar está sério e focado na minha mão, parecendo mais um médico ou um enfermeiro do que um detetive. Ele por fim, dá algumas voltas pelas minhas mãos com a atadura — Benjamin provavelmente faria coisa melhor. Eu devo ter faltado nessa aula de primeiros socorros. — Ele sorri largando minhas mãos agora enfeixadas, e dou-lhe um sorriso como agradecimento até o momento em que a voz de Benjamin ecoa pelo escritório.

— Ah não...

Todos nós nos viramos, agora encarando-o. Seu olhar está perplexo e parece nervoso.

E eu já tenho ideia do porquê.

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