𝐀 𝐕𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞

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— Eu espero que tudo esteja indo de acordo com o plano lá em cima

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— Eu espero que tudo esteja indo de acordo com o plano lá em cima. – Os olhos de Yoshi miraram para o teto.

— Acho que eles não suspeitaram de nada. – Disse o homem vestido de guarda-costas com um sorriso amarelo e venenoso.

Aquele homem... ele me é familiar. Para Ethan parece ser a mesma coisa pois ele não para de encará-lo, ele por fim franze as sobrancelhas e abre a boca:

— Espere um minuto... você não é o cara que Benjamin e depois aquele paramédico estavam tratando por um tiro lá em cima?

Yoshi gargalha,dando algumas cutucadas no braço do homem em trajes finos, compostos por uma uma camisa social, blazer e calça de alfaiataria, ambas as peças em tonalidades de preto.

— Vish...parece que alguém descobriu seu segredo, meu amigo...

O guarda-costas dá um passo para frente e  tanto os meus olhos quanto os de Ethan se arregalam ao ver ele puxar uma arma de dentro do blazer e apontá-la para a sua cabeça.

— Ele não estará vivo por tempo suficiente para contar a história. – Ele diz segurando o revólver contra a sua testa, os olhos frios e a cara inexpressiva.

Meu coração começa a acelerar, sinto a pulsação em meus ouvidos. Os olhos negros de Ethan encaram o bico da arma, arregalados. Eu não gostaria de estar pagando de covarde, ajoelhada, submissa – talvez novamente – a um criminoso. Gostaria de fazer algo, tirar forças para me colocar à frente daquela arma ou então conseguir sair do meu estado de paralisia e cair sobre Yoshi, mostrar quaisquer ameaça, mas quanto mais penso nisso, mais extrema é a sensação do peso em meus músculos.

Yoshi se abaixa um pouco para que nossos olhares fiquem à mesma altura.

— O que você acha, Kali? Como você pode ver, tenho amigos e contatos em todos os lugares... – Ele aponta para o guarda-costas e para o paramédico que ainda está atrás de mim.

Forço um riso.

— Mais como amigos fantasiados, eu diria. – Me viro para o paramédico atrás de mim com um sorriso zombeteiro — Aliás, belo traje de paramédico, onde roubou?

O sorriso malicioso do homem em resposta faz com que meu estômago se revire.

— Vamos apenas dizer que o cara de quem ganhei não vai sentir falta.

Sentei sobre meus calcanhares querendo não aceitar o que acabara de ouvir.

— Você...

— Sim, sim, eu o matei, blá, blá, blá. – Ele me interrompe, impaciente e entediado.

— Nossa, parece que meu parceiro aqui está de mau humor. – As sobrancelhas de Yoshi se erguem junto de um riso baixo. O homem revira os olhos com tal desprezo.

— Achei que você já tivesse terminado, chefe. Por que a demora?

Me permiti curvar uma parte de meus lábios. É incrível, um homem tão sábio em relação a códigos e senhas errar desta maneira. Eu poderia realmente não acreditar se não tivesse visto com meus próprios olhos que ele não estava conseguindo sequer destravar uma parte da senha deste cofre.

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