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"É impossível enfrentar a realidade o tempo todo sem nenhum mecanismo de fuga."

- Sigmund Freud

- Darya Break -

??:?? / 08 Setembro

Naquele momento me encontrava encarando a porta do quarto, no qual a pessoa que acabei de jurar assassinar, saiu. Sabia que deveria fugir daqui, se ficasse estaria correndo risco de morte.

Mas a verdade é que eu não conseguia passar pela porta e correr até o elevador, tinha medo de alguém me pegar, como Estefany disse, eu poderia morrer se fizesse alguma coisa que não deveria.

O que poderia fazer quando saísse? Encontrar a saída do prédio? Ou um celular para tentar chamar a polícia? Deveria ir de elevador ou procurar as escadas?

- É agora ou nunca. - Agarrei a faca, que ao notar melhor era um punhal e me lancei contra a maçaneta. Meu coração disparou e minha palma esquentou quando girei a peça metálica. -

Pisando para fora pude observar uma porta à minha esquerda sendo fechada, alguém acabara de entrar ali.

Segui em direção ao elevador com passos minuciosos, todos os meus 5 sentidos estavam em alerta para qualquer pessoa que pudesse aparecer.

Quando estava apenas 2 metros do meu objetivo ele se abriu, com um pequeno salto para trás, me deparo cara a cara com Estefany. Qual a possibilidade?

Meu coração gelou e minhas mãos tremeram, por um momento meu mundo parou e senti como se não tivesse mais volta, porém saí do transe quando ela começou a falar.

- O que você tá fazendo aqui? - Sua expressão mudou como se estivesse furiosa por me encontrar. -

- Droga!

Me virei para o lado de onde já estava vindo e saí correndo em direção a algum lugar onde pudesse me esconder. Pude ouvir Estefany correndo atrás de mim, mas fazia parte dos treinos correr por um tempo determinado então conseguia ser mais rápida que ela.

A adrenalina subia pelas minhas veias e a queimação em minhas pernas se tornava presente, mas continuei a correr como nunca.

Passei por diversas porta e virei a direita em um corredor onde mais e mais portas apareciam. Passando por uma janela diminui a velocidade para observar como era lá fora.

O espaço era bem aberto com poucos edifícios ao lado, como se fosse escondido, pela cor do céu poderia julgar ser a tarde ou de manhã, mas não pude observar muito quando notei a garota que antes estava atrás de mim chegando cada vez mais perto.

No espanto segui em direção a última porta daquele corredor, uma porta branca, onde estava escrito "Saída de emergência" e sem pensar duas vezes empurrei a porta e me joguei contra ela para tentar impedir a entrada da garota.

- Escuta aqui, eu quero te ajudar, se te encontrarem você vai morrer! - Seus socos faziam a madeira tremer contra minhas costas, mas mesmo assim não iria abrir, ela estava mentindo, tentando me manipular, mas não iria cair nessa. - Acredita em mim, outras já estiveram no seu lugar, e não acabou bem pra elas!

Algo no seu tom não me descia, talvez a forma como ela falava. Não importa, não posso confiar em ninguém!

Avistei uma cadeira no canto da parede, e sem pensar duas vezes puxei a mesma que não estava longe de mim e a prendi contra a maçaneta da porta, impedindo a entrada de alguém por fora.

Saí correndo pelas escadas abaixo, mas quando cheguei no que parecia ser o quarto andar, uma sirene ecoou e luzes vermelhas acenderam.

O som era alto, o que me fez perder o foco do meu objetivo por alguns instantes, mas continuei o meu caminho em direção ao terceiro andar.

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