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"Meus sentimentos? Há uns dez anos eu os escondi e agora não sei onde estão."

- Fuga do Passado

- Darya Break -
??:?? / ?? Setembro

Seu rosto era realmente muito familiar, como que não o reconheci? O quarto homem, aquele que não se mexia enquanto seus colegas me agrediram. Idiota! Como eu fui tão idiota assim?

Tudo isso era muito estranho, mas com que eu estava na cabeça quando decidi entrar no carro de um estranho?

Minha preocupação aumentava junto com minhas mão trêmulas, meus olhos não se firmavam em um lugar só. Céus eu só queria sair dali.

Sem pensar duas vezes, movi meus dedos em direção ao botão com desenho de chave e pressionei já com a outra mão posta para abrir a porta.

Mesmo com o carro em movimento, não exitei antes de abrir a porta e me jogar pelo asfalto.

Tudo ficou preto, meu corpo se moveu vorazmente e senti o vento me empurrar como se eu fosse uma pena.

Não senti dor, apenas a sensação de mudança repentina de espaço. A única coisa que vi na minha frente foi uma moto com detalhes brancos e vermelhos e alguém de capacete correndo.

Lá no fundo, um grito abafado, que acaba de ficar bem mais distante do que já estava. Minha cabeça pesou e minhas pálpebras piscaram antes de se fechar completamente, e minha consciência apagar.

[...]

Apito? Vários seguidos, e essa luz? que forte. O que é isso? Quem são essas pessoas? Onde eu estou?

- O que tá acontecendo? - Minha voz saia embriagada e rouca. -

Tinham pessoas correndo com pressa ao meu redor. De luvas, toucas e máscaras.

- Rápido! Anestesia geral nela! Chamem o doutor Farias!

Uma elevação diretamente em meu corpo, eles estavam me trocando de lugar.

- Eu estou no hospital? - A pergunta foi respondida com uma picada, uma perfuração ardente em meu braço direito, ou esquerdo? Um deles estava dolorido, mas o que é isso? Minha visão ficava turva enquanto moviam aquela maca rapidamente pelos corredores brancos e caóticos. Meus olhos se fecharam, de novo. -

[...]

A claridade passava pelas minhas pálpebras até que finalmente olhei diretamente para a lâmpada acima de mim. O quarto era organizado e branco, uma grande janela iluminava todo o espaço, sendo privado apenas por uma cortina longa e azul. Aparelhos médicos ao meu redor me assustavam, afinal, o que era tudo isso?

A porta se abriu, revelando o homem do carro com uma bandeja de comida.

- Aqui, precisa se alimentar. - Disse esticando-a em minha direção e abrindo os pés da mesma para que ficasse em pé na cama. -

- Quem é você? - Minha voz saiu com uma leve dificuldade. - O que aconteceu comigo?

- Você chegou no hospital baleada e com vários ferimentos, inclusive cortes e uma fratura simples na costela. - Quem me respondeu não foi o cara na minha frente, e sim um médico que acaba de entrar. - Sou o doutor Farias.

Uma passagem de memória se acendeu em minha mente. Tudo que aconteceu simplesmente se tornou presente na minha frente.

- M-Mas eu tô bem não é?

- Sim, deverá receber alta em 3 dias no máximo. - Seu sorriso meigo me acalmava por dentro, como se estivesse abraçando um ursinho de pelúcia. -

- Quando receber alta, vamos voltar para nossa casa. - Nossa? -

Trust Or DieOnde histórias criam vida. Descubra agora