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"Às vezes parece que a vida é um fardo tão difícil de carregar que não há luz no horizonte, e o peso só fica mais pesado. Estou cansada de lutar."

- Desconhecido(a)

- Tyller Rossi -

03:45 - 15/Outubro

Darya passou metade do caminho murmurando frases aleatórias, e a outra parte do tempo pareceu cochilar.

Coloquei o seu braço por cima dos meus ombros e a levei até o corredor do seu apartamento.

— Ei, cadê o meu carro? — Perguntou com um tom mais sonolento.

— Depois eu trago ele.

Apanhei o molho de chaves do bolso e abri a porta.

— Meu bolo de cenoura tá aqui? — Não pude deixar de bufar uma pequena risada, ela falou desse bolo algumas vezes durante a volta.

Levei-a até o sofá, vendo de imediato a gatinha branca pular até o chão e se deitar ao lado do balcão da cozinha.

Darya se deitou e relaxou no sofá, fechando os olhos e suspirando fundo.

— Minha bolsa, cadê a bolsa? Preciso do remédio.

— Deve ter ficado no carro, eu vou buscar.

Encostei a porta e entrei no elevador, o prédio estava totalmente silencioso e nem uma das portas no qual passei em frente tinha as luzes acesas, obviamente pelo horário.

A porta de metal abriu e voltei para a pequena garagem do edifício, usando a chave para abrir o meu automóvel, agarrando a pequena mochila que tinha colocado no banco de trás.

Logo voltei a subir para o apartamento da garota pelo elevador.

Quando finalmente o elevador foi aberto automaticamente, andei vagarosamente até a porta e a empurrei.

— Darya? — A chamei notando sua ausência no sofá.

Um grunhido vindo da cozinha me chamou atenção.

Devagar, segui a direção do barulho que se repetiu mais uma vez. Erguendo agora minha cabeça sobre o balcão.

— Que porra?

Deixei a mochila cair e corri para o outro lado, onde Darya estava sendo sufocada pelas mãos de um homem o dobro de seu tamanho que estava em cima dela.

Seu rosto estava vermelho, enquanto suas mãos tentavam se livrar do agarre do homem. Sua respiração profunda, tentando sugar o máximo de oxigênio que pudesse, apenas tentando.

Chutei as costas do rapaz, o derrubando por cima da mulher que tentava recuperar o fôlego.

Rapidamente ele se recompôs e esgueirou-se para o canto da cozinha.

— Lembre do que te falei princesa! — Ele disse por baixo da máscara preta que cobria seu nariz e boca.

Antes que ele pudesse reagir, me lancei em sua direção para acertar um soco em sua mandíbula, que apenas o acertou de rasteira pois acabei tropeçando na garota.

O homem pulou por cima do balcão e saiu correndo pela porta. Fiz o mesmo, o perseguindo até o elevador.

Ele entrou e pressionou o botão para fechar a porta, me impedindo de entrar junto.

Pelo visor acima, os números começaram a revezar entre si, indicando que ele estava descendo até o térreo.

Imediatamente me impulsionei pelo vasto corredor e adentrei a saída de emergência, pulando pelos degraus de dois em dois.

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